Naira Hofmeister
O empréstimo de US$ 1 bilhão que o BIRD aprovou para o Rio Grande do Sul foi uma notícia animadora, entre tantos fatos negativos que o governo Yeda Crusius enfrentou neste final de ano. Ele representa a recuperação do Estado perante os organismos internacionais de crédito e um pequeno alívio na pressão que a dívida, já na casa dos R$ 34 bilhões, exerce sobre o setor público gaúcho.
O dinheiro que deve chegar aos cofres do Rio Grande do Sul em maio de 2008, vai render uma economia real estimada em R$ 150 milhões ao ano nos próximos quatro anos, por conta das taxas menores praticadas pelo BIRD.
Outro cálculo realizado pelo Governo Estadual para certificar-se da vantagem nessa negociação revela que serão economizados 296 milhões em dívidas: cada débito que for saldado possui um desconto real que gera esse valor. O cálculo foi feito supondo a estabilidade do dólar. “São as projeções do mercado, do Copom”, observa Roberto Calazans, técnico do Tesouro do Estado.
Os técnicos da Secretaria da Fazenda afirmam que o Governo Federal já aprovou as contas apresentadas apesar de não haver nenhum comunicado formal. O empréstimo depende da avaliação do Governo Federal, que será fiador.
Caso receba parecer favorável, a Fazenda já planeja quais dívidas serão priorizadas. Para o próximo ano, a previsão é que sejam saldadas parte das contas do Proes (estimado em R$ 1 bilhão e 400 milhões), Fundação Banrisul (731 milhões), dívidas
imobiliárias (160 milhões) e o Fundef (22 milhões).

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