Um estupro relatado anonimamente através de uma rede social na semana passada – ocorrido ao meio-dia no Parque da Redenção – reacendeu o antigo debate sobre o cercamento da área.
Na sessão plenária dessa segunda-feira (23), o período de comunicações foi dominado pelo tema, embora ele não estivesse na pauta oficial da Casa. Foi o vereador Nereu D’Ávila (PDT) quem reabriu a discussão, lembrando de um projeto seu – datado ainda dos anos 80 – que previa que o parque fosse fechado à noite. “Esse estupro fortalece a ideia, porque fora do cercamento não há segurança”, justificou o vereador.
Nereu D’Ávila chegou a procurar o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) no ano passado para propor que houvesse uma consulta pública sobre o assunto junto com as eleições. O órgão, entretanto, avaliou que não seria adequado perguntar à população em um pleito estadual sobre um tema de abrangência exclusiva de Porto Alegre.
“Agora, voltarei a consultar o TRE para que possamos colocar o assunto em pauta na próxima eleição”, garantiu.
Bernardino Vendruscolo (PROS) se mostrou favorável à discussão. “Está tudo quebrado e jogado às traças na Redenção”, reclamou, sugerindo que seja feita uma consulta popular via internet, “um projeto piloto” para que a sociedade possa se manifestar.
Já as vereadores Fernanda Melchiona (PSOL) e Sofia Cavedon (PT) se opuseram à ideia. “É uma ideia estapafúrdia”, atacou Fernanda.
Ambas defenderam que a situação seja abordada não apenas do ponto de vista da segurança, mas também sob a perspectiva da violência contra a mulher. “Repudiamos o estupro, mas discordamos radicalmente da alternativa apresentada”, criticou Sofia.
Companheiro de partido de Sofia, Alberto Koppitke lembrou ainda que a secretaria da Segurança municipal “é a de menor orçamento” na prefeitura.
Conselheiro diz que área é segura
O público presente nas galerias – que foi à Casa para acompanhar a análise do veto do prefeito José Fortunati ao Dia da Consciência Negra – acabou envolvido pela discussão.
A maioria endossou os pronunciamentos contrários à proposição de Nereu, aplaudindo e assoviando quando os ocupantes da tribuna se manifestavam pela manutenção do parque aberto.
Na plateia estava também um dos integrantes do Conselho de Usuários da Redenção, Roberto Jakubaszko, que rejeita o cercamento. “Temos índices baixos de criminalidade dentro do parque, porque é uma área muito movimentada”, defende.
Estupro reacende debate sobre cerca na Redenção
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Comentários
2 respostas para “Estupro reacende debate sobre cerca na Redenção”
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Tem alguns políticos, por não terem propostas inovadoras, requentam as antigas. Dá manchete e inclusive em sites de jornais como o lutador Já. Enfim é noticia….A genial ideia de cercar a Redenção é mais ou menos antiga. Em anos passados era possível na saída da UFRGS atravessarmos o Parque sem problemas. Porque hoje não podemos? No passado existia segurança diurna e noturna que era feita pela Guarda Municipal. Primeiramente a pé. Depois, inclusive com Lambretas. Posteriormente, por soldados da Brigada a cavalo. Hoje, é a escuridão da noite e o silencio absoluto. Cortado por um grito de socorro de algum desavisado tentando atravessar o parque a noite. Então os “gênios” tem soluções “geniais” como, vamos cercar a Redenção. Cercas, se existem podem ser “puladas” Não é verdade? Porque não usam uma cerca de raios lazer? É bem mais moderna e difícil de transpor. Na lógica dos gênios? no futuro os bairros serão cercados com cercas ou raios lazer, Ou seja, uma nova idade média do futuro. Impossível? Pela lógica dos “gênios” é possível…Não as cercas! Liberdade ainda que tardia…ET. A população frequentadora da Redenção em uma pesquisa já se manifestou: NÃO AS CERCAS.
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O bom senso há muito tempo recomenda que o Parque da Redenção seja cercado para justamente dar segurança aos usuários, bem como para preservar os seus monumentos. Já houve pesquisa pública que deu resultado favorável ao cercamento do local. Por que até agora não cercaram o Parque?
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