O Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas (HMIPV), em Porto Alegre, está com 52 leitos fechados. Vereadores da comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) foram conhecer as condições do hospital.
A principal reivindicação é a reabertura da Emergência Pediátrica, fechada para atendimento externo após o final da Operação Inverno, mesmo com 15 leitos disponíveis.
A causa principal, de acordo com a responsável técnica pela Enfermagem do Hospital, Maria Inês Marques Voigt, é a Prefeitura ainda não ter chamado técnicos de enfermagem aprovados em concurso público. “Para regularizar a situação é preciso tempo e a liberação financeira para o ingresso de novos servidores municipais já aprovados em concurso público municipal para atuar em diversos hospitais e postos de saúde da Capital. Várias alas do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas estão sem atendimento porque precisamos de mais 63 técnicos de enfermagem e 14 enfermeiros para a demanda existente”, expôs.
Segundo ela, há tempos falta pessoal de enfermagem há muito tempo, devido ao grande número de exonerações e aposentadorias de funcionários. “Tem um grupo grande que se aposentou no último ano e já existia uma necessidade anterior. Este quadro vem sendo reposto, mas nunca numa quantidade suficiente para que se consiga suprir as necessidades.”
Atendimento de emergência
Com o fechamento do atendimento externo, a emergência pediátrica só está atendendo, neste momento, demandas do Pronto Atendimento, que englobam pacientes com doença da raiva; os que precisam tomar vacinas antirrábica após mordedura de animais; e casos de crianças vítimas de violência sexual. Maria Inês reafirma ainda que a reabertura da emergência para atender a todas as crianças da região é fundamental para suprir a demanda, que gira em torno de 60 a 70 atendimentos ao dia. “Existem leitos disponíveis, mas não existe equipe técnica para atender os pacientes”, concluiu.
Conforme o diretor do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Jorge Luiz Eltz de Souza, além da incompetência administrativa, o Hospital mostra um descaso com a população que está desassistida com a falta de leitos. “A Prefeitura de Porto Alegre não está preocupada com o sofrimento das pessoas que não têm leito para se internar e não conseguem acesso a uma emergência pediátrica, nem UTI”, ratificou, comentando que, em setembro, o Sindicato pediu providências junto ao Ministério Público, e o órgão prometeu abrir um processo contra o Executivo Municipal.
Encaminhamentos
O presidente da Cosmam, vereador Dr. Thiago Duarte (PDT), contou que o hospital tem um andar de 38 leitos fechados, uma UTI neonatal com seis vagas fechadas e uma Emergência trabalhando só em casos de referência do Hospital. Além disso, metade do sétimo e do oitavo andares estão fechados, e o quarto andar inteiro está sem atendimento devido à falta de técnicos de enfermagem.
A emergência pediátrica e o quarto andar da pediatria estavam abertos até um mês atrás. “A nossa próxima pauta junto com as outras entidades que têm nos prestigiado e têm participado destas reuniões é ir ao Ministério Público Estadual e à Procuradoria da República para provocar estes dois órgãos que são também fiscalizatórios”, anunciou.
A diretora técnica do Hospital, Ângela Smaniotto, disse que o HMIPV “aguarda autorização do Comitê Gestor para o chamamento dos técnicos de enfermagem aprovados em concurso. Somente para a ala pediátrica, é preciso mais 35 técnicos, além da liberação de horas extras”, afirmou.
Entidades representativas de saúde também estiveram presentes durante a visita, como o Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa).
(Com informações da Assessoria de Imprensa da CMPA)
Saúde: Falta de enfermeiros fecha 52 leitos no Hospital Presidente Vargas
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