Foi anunciado na manhã desta quarta-feira, 17, o patrono da 60ª. Feira do Livro de Porto Alegre que começa no fim do mês. É Airton Ortiz, jornalista, escritor e fotógrafo, autor de 16 livros, sendo 10 de reportagem, 3 de crônicas, 2 romances e 1 de fotografia.
Expoente do gênero Jornalismo de Aventura, onde é ao mesmo tempo repórter e protagonista, Ortiz já ganhou diversos prêmios tanto jornalísticos quanto literários.
Na 60ª Feira do Livro de Porto Alegre, Airton Ortiz lançará o seu 17º livro, “Paris”, uma coletânea de crônicas sobre a temporada em que morou na capital da França. A obra sairá pela Benvira, o selo de literatura brasileira do Grupo Saraiva.
Canadá será o país homenageado
O Canadá será o país homenageado pela 60ª Feira do Livro de Porto Alegre. Além de contar com um estande para a comercialização de livros na Área Internacional, diversos escritores canadenses estão entre os convidados especiais da programação deste ano. País bilíngue, a produção literária dará oportunidade ao público de ler e ouvir, lado a lado, francês e inglês durante os dias de encontros e mesas-redondas.
O adido comercial do Consulado do Canadá para a região Sul do Brasil, Paulo Orlandi, afirma que a participação dos autores na Feira é uma ótima oportunidade para promover o país entre os gaúchos. “Percebo que o povo do Rio Grande tem muita simpatia pelo Canadá, mas não o conhece muito. Essa aproximação cultural que a Feira vai gerar com certeza será muito positiva”, avalia.
Também estarão em Porto Alegre para a Feira, o assessor para assuntos de diplomacia pública e educação, Gilles Mascle, e Lígia Carbonneau, assessora para assuntos institucionais e culturais, ambos do Escritório do governo do Québec em São Paulo.
Igualmente participarão editores interessados na aproximação entre os mercados editoriais canadense e brasileiro. “A ideia da participação dos autores canadenses é mostrar a diversidade da literatura do país, com toda a sua influência inglesa e francesa”, afirma o presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Marco Cena.
A programação canadense prevê, ainda, atividades com a participação de autores como a repórter investigativa Isabel Vincent, que recebeu, entre outros, prêmios por sua cobertura na guerra das drogas nas favelas do Rio de Janeiro em 1994.
Com diversos livros publicados em português, atualmente a jornalista escreve para o New York Times. Outra escritora canadense, de Montréal (Québec), é Claire Varin, pesquisadora de Clarice Lispector, que publicou um dos primeiros e mais importantes estudos sobre as relações biográficas na obra da autora. Apaixonada não só pela literatura de Clarice, mas também pelo Brasil, Claire integrará uma mesa de discussão sobre livros-reportagem e participará de uma atividade de aproximação cultural entre o Brasil e Québec.
Conheça outros convidados que participam da programação especial na Feira:
PIERRE OUELLET
Escritor prolífico, Pierre Ouellet foi o autor homenageado do Salão do Livro de Montréal, em 2013. É poeta, romancista e ensaísta, tendo realizado mais de 40 publicações. Só no ano passado publicou uma compilação de poesia, Ruées, pela Éditions du Noroît, e o livro Portrait de dos, pela editora l’Hexagone. Recebeu dois Prix du Gouverneur général, em 2005 e em 2008 por seus ensaios À force de voir e Hors-temps.
Membro da Academia de Letras do Québec e da Sociedade Real do Canadá, Pierre Ouellet esteve por muito tempo no comando das publicações Protée e Spirale. Atualmente, dirige a revista Les écrits e a coleção Le soi et l’autre (VLB éditeur). É também titular da cadeira de pesquisa do Canadá em estética e poética na Université de Québec à Montréal (UQAM).
RICHARD SCRIMGER
Publicou 20 livros para adultos, adolescentes e crianças e escreveu para a televisão e mídia impressa. Seu primeiro romance adulto foi finalista do prêmio concedido pela cidade de Toronto, o The City of Toronto Book Award, e seu segundo livro foi considerado o livro do ano pelo maior jornal Canadense, o The Globe & Mail.
Seus livros para o público infantojuvenil foram homenageados pela YALSA (Young Adult Library Services Association) e pela CLA, a Biblioteca Pública de Chicago, e foram traduzidos para uma dezena de idiomas.
Suas últimas obras são Zomboy, a história de um jovem zumbi assustador chamado Imre Lazar, que, apesar de alguns desafios especiais, está matriculado regularmente em uma escola pública, a História em Quadrinhos de Viminy Crowe’s, co-escrito com Marthe Jocelyn, sobre um herói ladrão, aventureiro, um gênio do mal e alguns robôs desonestos, e O Lobo e Eu, a sétima parte de uma história tipicamente canadense que fala sobre sequestro de um adolescente que tem voltar de skate para casa.
Richard é conhecido por combinar humor e temas obscuros, como bullying, divórcio, racismo e morte, apresentando personagens como zumbis, uma avó que fala muitos palavrões, e um alienígena inteligente.
Richard tem quatro filhos. Quando não está escrevendo, bebendo café ou levando-os para todos os lados, ele leciona na Humber College, em Toronto. Website: www.scrimger.ca.
LUDMILA ZEMAN
A autora escreve e ilustra para crianças. É também cineasta e filha do cineasta Karel Zeman. Realiza vários workshops sobre Ilustração, Roteiros e Animação. É autora da premiada trilogia A Epopeia de Gilgamesh, publicada no Brasil pela Editora Projeto. A trilogia tem edições em inglês, francês, japonês e árabe, entre outras. As ilustrações da Epopeia já fizeram parte de importantes exposições, como a feira de Bolonha e a Bienal de Bratislava. Esta obra, composta por três volumes, teve várias premiações internacionais importantes, e a edição brasileira conquistou o Prêmio Monteiro Lobato de “Melhor Tradução para Criança”, concedido pela FNLIJ – Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.
Livros da autora no Brasil – O Rei Gilgamesh (1996); A vingança de Ishtar (1996); A última busca(1996); Simbad – Uma história das mil noites (2000); Simbad na terra dos gigantes (2008) e O segredo de Simbad (2008).
Atualmente, Ludmila está trabalhando em um livro de grande formato sobre a vida e obra de Karel Zeman, com o título de Karel Zeman – Museu Dentro de um Livro. Ao mesmo tempo, ela esta co-produzindo e co-escrevendo um documentário sobre Karel Zeman. O foco do livro e do filme refletem a influência e a inspiração de Karel sobre suas obras.
DAN WELLS
É o editor de Biblioasis, considerada uma das melhores editoras do Canadá. Ele também é o editor da CNQ (Canadá, Notas e Perguntas), o jornal mais antigo de crítica literária no Canadá. Dan Wells edita de 6-10 títulos por ano. Ele reside em Belle River, Ontario, com sua esposa e três filhos.
Biblioasis foi fundada em 1998 inicialmente como uma livraria, com a divisão de edições a partir de 2004, se aproximando de seu décimo aniversário como editor, no outono de 2014. Biblioasis já publicou mais de 130 livros durante esse tempo, e é reconhecida largamente como uma das melhores editoras do Canadá. Ao longo dos últimos cinco anos, seus escritores ou ganharam ou foram indicados para os seguintes Concursos Literários: Prêmio Giller, Prêmio Neustadt, Prêmio O’Connor Frank, Prêmio Camafeus e o Prêmio Saramago, entre muitos outros prêmios internacionais, nacionais e regionais.
A editora, em particular, é conhecida pelo seu foco em livros de contos, e também pela tradução de obras de escritores internacionais, compondo a Série Biblioasis Internacional, com obras de autores de El Salvador, Argentina, Moçambique, México, Romênia, Áustria, Angola, Polônia entre outros. Um dos autores desta série, Ondjaki, reside hoje no Rio de Janeiro. Biblioasis está atualmente considerando e estudando a possibilidade de traduzir obras de autores brasileiros, com o objetivo de aumentar o número de traduções para pelo menos cinco títulos por ano a partir de 2015.
SUZANNE LEBEAU
Iniciou sua carreira como atriz, mas ao ter fundado a companhia Carrousel, junto a Gervais Gaudreault em 1975, passou a se consagrar gradativamente apenas à escrita. Atualmente é autora de 27 peças, três adaptações e diversas traduções. É reconhecida internacionalmente como um dos expoentes da dramaturgia infantojuvenil, e uma das dramaturgas quebequenses mais montadas no mundo, tendo 140 produções repertoriadas em países de todos os continentes. Suas obras são publicadas e traduzidas em mais de 20 idiomas, como são os casos de: Uma lua entre duas casas, primeira peça do país escrita exclusivamente ao público infantil; Ogroleto, e O som dos ossos que quebram, traduzidas respectivamente em seis, onze e sete línguas.
A contribuição excepcional de Suzanne Lebeau ao desenvolvimento da dramaturgia infantojuvenil lhe valeu numerosos prêmios, tais como: Prêmio da Jornada de Lion de autores de teatro (2007) por O som dos ossos que quebram, peça produzida pela Carrousel e pelo Théâtre d’Aujourd’hui, em 2009, e remontada pela Comédie-Française, em 2010. Desde 1998, a Assembleia Internacional de parlamentares de língua francesa lhe dedica o título de Cavaleiro da Ordem da Plêiade pelo conjunto de sua obra e, em 2010, o governo do Québec lhe agraciou com o prêmio Athanase-David, o mais prestigioso reconhecimento atribuído a um escritor quebequense. Ela recebeu, em 2012, o prêmio de honra do CINARS e, em 2013, do RIDEAU, bem como os prêmios Gascon-Thomas, dado pela Escola Nacional de Teatro do Canadá (ENT) por sua colaboração excepcional ao desenvolvimento do teatro.
Pedagoga experiente, a autora lecionou dramaturgia infantojuvenil na ENT por 13 anos e atua como conselheira de dramaturgia junto a jovens autores de seu país e do exterior, contribuindo assim para a emergência de novas produções literárias. Participa regularmente de conferências e workshops em países diversos.
ELIZABETH HAY
É uma romancista e contista canadense. Seus oito livros incluem os romances A Student of Weather,Late Nights on Air e Alone in the Classroom, bem como a coleção Small Change. Ela foi agraciada com os prêmios Scotiabank Giller, Engel Marian, Libris e ganhou duas vezes o Book Award Ottawa, além de ter sido indicada duas vezes para o prêmio Governor General’s Award for Fiction. Seu trabalho foi traduzido para o francês, alemão, holandês, espanhol, italiano, japonês, polonês, estoniano e norueguês.
Nascida em Owen Sound, Província de Ontário e graduada pela Universidade de Toronto, ela é uma ex-radialista e jornalista que viajou extensamente pelo Canadá e pela América Latina. Viveu no exterior por oito anos, na Cidade do México e Nova York, e Ottawa tem sido sua casa desde 1992.
Hay é conhecida por suas personagens vivas, de linguagem leve, com uma visão bem-humorada e incisiva sobre a condição humana, e sensibilidade para o mundo natural. Seu trabalho é centrado na experiência canadense e retratou os anos da Grande Depressão na década de 1930, a política de reivindicações indígenas de terras e pelo desenvolvimento do Extremo Norte Canadense na década de 1970, a grande tempestade de gelo de 1998 e os primeiros anos do Canadá no comércio de peles. Ela investiga as profundezas turbulentas das relações pessoais e do relevo que pode ser encontrado no mundo natural. Website: www.elizabethhay.com
CLAUDE DUROCHER (publisher de GUY SAINT-JEAN ÉDITEUR)
Há trinta anos, a Gui Saint-Jean Éditeur oferece romances e livros de assuntos diversos que respondem à demanda de uma variada clientela. Tem em seu catálogo mais de 550 obras. Os focos da editora são um reflexo de suas paixões: manuais e obras originais e contemporâneas sobre saúde, alimentação, gastronomia e família, que ganham cada vez mais espaço e permitem à editora obter uma posição de destaque na categoria.
No domínio da literatura, seus expoentes são Louise Tremblay-D’Essiambre e Marie Gray, além da série de livros infantojuvenis Oseras-tu?, que atraem um grupo crescente e fiel de leitores. Sejam romances atuais ou históricos, narrativas fascinantes ou perturbadoras, contos leves ou pungentes, a editora se engaja a fazer escutar as novas vozes da literatura, bem como de autores reconhecidos por seus percursos marcantes.
HAL WAKE
É diretor artístico da Vancouver Writers Fest, um dos eventos literários mais importantes da América do Norte. Hal Wake está envolvido com a Comunidade Literária Canadense por mais de 30 anos e já realizou entrevistas com os escritores Alice Munro, Prêmio Nobel da Literatura em 2013, Jonathan Safran Foer, Richard Ford, Sharon Olds, Rohinton Mistry, Michael Chabon, Joseph Boyden e Anne Michaels, dentre muitos outros.
Em meados dos anos 1980, ele foi o produtor do livro sobre o programa de rádio mais influente do Canadá, o Morningside com Peter Gzowski. Seu último cargo na CBC Radio foi como apresentador do principal programa matinal de Vancouver, o The Early Edition. Ele já organizou ou moderou centenas de eventos literários em Vancouver, Victoria, Sechelt, New York, Tepotzlan México, Londres, Auckland, Melbourne e Sydney. Suas críticas literárias foram publicadas nos jornais Globe and Mail, Georgia Straight e Vancouver Sun.
Atuou como consultor no Conselho das Artes do Canadá, no Conselho de Artes da Província de British Columbia para a cidade de Vancouver. É membro honorário da União dos Escritores do Canadá e tem assento no Conselho de Turismo de Vancouver e no The Writers Trust of Canada. Além de diretor artístico do Vancouver Writers Fest, é Professor Adjunto do Curso de Escrita Criativa na Universidade de British Columbia.
PHILIPPE DUCROS
É autor, dramatugo e encenador. Esteve na direção do teatro ESPACE LIBRE (2010-2014), e é diretor artístico da PRODUCTIONS HÔTEL-MOTEL. Sua prática está amplamente vinculada às suas viagens pelos quatro cantos do mundo. Escreveu diversas peças, entre elas Boulevard Sauvé, apresentada em cidades africanas, francesas e tchecas; e 2025, L’année du Serpent, texto vencedor do prêmio Gratien Gélinas e que está em vias de adaptação aos quadrinhos.
Escreveu três textos como resultado de sua estadia na Síria, com apoio da organização francesa Écritures Vagabondes: a peça L’affiche (uma das cinco finalistas do Grand prix de littérature dramatique, e premiada com quatro Cochons d’Or); e dois cadernos de viagem La rupture du jeûne eLes lanceurs de pierres, publicados pela editora Lansman. Ducros escreveu ainda La porte du non-retour e Dissidents, ambos livros publicados pela editora L’instant scène. Dissidents foi finalista dos prêmios Prix du Gouverneur général e Prix Michel-Tremblay.
MYRIANE EL YAMANI
De alma nômade, Myriame El Yamani flanou por diversos continentes em busca da mestiçagem de culturas e sonhos, que caracterizam a humanidade. Trouxe consigo sons e imagens únicas, que compartilha com paixão. É ao mesmo tempo conferencista, pesquisadora, professora, contadora, jornalista e escritora.
A palavra é o centro de sua vida. Nascida em Marrocos, Myriame encontra sua inspiração nos que a rodeiam, os aromas da Acadia, a multietnia de Montreal, os segredos de sua avó dos montes Vendéen, as cores e arabescos do Magreb e do Yémen, a sabedoria africana e os mistérios do mediterrâneo. É apaixonada por escutar as pessoas de sua região ou de locais distantes e suas histórias se situam com frequência neste inclassificável território entre.
Seus contos já passearam ao redor do mundo, de Berlim à Nova York, passando por Washington, San Francisco, Atlanta, Dallas, Porto Rico, Montréal, Québec, Petit-Rocher, Moncton, Labrador City, Winnipeg, Vancouver, Paris, Bourges, Vannes, Saint-Herblain, Bayreuth, Saint-Jacques de Compostelle, Oviedo, Madrid, Cotonou, etc.
É membro da UNEQ (União Nacional dos Escritores do Québec) e do DAM (Diversidade Artística de Montreal). Atualmente, leciona na graduação e pós-graduação da UQAM (Universidade do Québec em Montreal). Já ministrou mais de 1.000 horas de formação sobre o conto junto a jovens e adultos, de 7 a 77 anos.
Feira do Livro de Porto Alegre: Airton Ortiz é o patrono
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