Por Liège Copstein
A 56ª Feira do Livro de Porto Alegre recebeu na terça,26, repasse de R$ 300mil da Prefeitura, que representam cerca de 10 por cento do orçamento de R$2 milhões e 900 mil necessários à sua realização. A Feira abre na próxima sexta-feira.
O repasse veio da Secretaria Municipal da Cultura. O convênio assinado pela Câmara Riograndense do Livro (CRL), na presença do prefeito José Fortunati, do presidente da CRL, João Manoel Maldaner Carneiro, e do secretário municipal da Cultura, Sergius Gonzaga, foi apenas a formalização dos entendimentos que já há meses vinham sendo alinhavados entre Câmara e Secretaria, através de seu comitê gestor. “A Feira expunha suas necessidades e a Prefeitura consultava sua disponibilidade”, explica João Carneiro.
Grande parte dessa verba, sujeita a prestação de contas, será convertida em serviços por órgãos da própria municipalidade, tais como EPTC, Smam, Smov, Procempa (que garante o acesso wireless à internet no espaço da Praça) e Smic.
Só para se ter uma idéia dos arranjos que são necessários, neste ano foi preciso realocar os artesãos para o trecho da rua General Câmara conhecido como Ladeira, uma vez que o Largo dos Medeiros também será ocupado pela Feira, em função da diminuição do espaço pelas obras do Projeto Monumenta. Como a Ladeira normalmente costuma ser utilizada como estacionamento de motos, a EPTC terá que providenciar nova sinalização para o local durante o evento.
Parcerias
O orçamento total da Feira – neste ano, em torno de R$ 2 milhões e 900 mil – sempre foi alocado principalmente de três formas: convênios com órgão públicos, patrocínio de apoiadores e recursos dos sócios da CRL, através inclusive das inscrições para participar do evento.
A edição que começa na próxima sexta-feira tem quase 2 milhões oriundos de parcerias estimuladas pela Lei de Incentivo à Cultura ou Lei Rouanet, em que empresas privadas podem destinar os valores de seus débito com ICMS (estadual) ou Imposto de Renda (federal) a projetos culturais.
O restante foi captado através de outros patrocínios, convênios como o da Secretaria Municipal de Cultura, e recursos dos próprios livreiros. Todas essas verbas estão sujeitas a prestação de custos e devolução de excedentes, embora segundo João, “tenhamos sempre calculado bem o aporte de recursos e fechado as contas com pouca diferença”.
Ele afirma que apoiadores nunca faltaram à Feira, entra crise ou sai crise. “Nossas parcerias são pensadas para durar. Temos o cuidade de não aceitar dois apoiadores da mesma área de atuação, por exemplo. Neste ano, além dos patrocínios da Gerdau, da Prefeitura de Porto Alegre e da Rede Zaffari, tivemos três novos apoiadores master: a Fiat, a Net e a Ades, além da Refap atuando especialmente na área Infantil e Juvenil”.