A Fiergs deve intensificar suas ações para acabar com o salário mínimo regional. “Com a recuperação do poder de compra do mínimo nacional, não há mais razões para o mínimo regional”, diz o presidente Paulo Tigre na última edição da revista “Indústria em Ação” que começou a circular esta semana.
Antes da votação do reajuste do mínimo, no início de junho, uma comitiva da Fiergs foi à Assembléia alertar os deputados para os riscos de uma elevação da massa salarial para a indústria, já atingida pela queda nas exportações, efeito da crise internacional.
Os empresários argumentaram que “é necessário preservar e ampliar os postos de trabalho”, antes de conceder ganhos salariais.
Os deputados acabaram aprovando um aumento de 7,1%, que elevou o piso regional para R$ 516,o6. O aumento entra em vigor neste 16 de julho, mas a campanha deve continuar.
O piso nacional é R$ 465,oo. Segundo Tigre, desde 2001, quando o Rio Grande do Sul passou a ter um mínimo regional, houve recuperação do poder de compra do mínimo nacional, não se justificando mais um piso regional diferenciado. Na verdade os dois índices vêm se aproximando.
Em 2001, o piso nacional era R$ 151. O mínimo regional no Rio Grande do Sul foi fixado em R$ 230. A diferença entre um e outro era de R$ 79 em 2001. Hoje é de apenas R$ 46.
Além do Rio Grande do Sul, outros três estados tem mínimos regionais: Rio de Janeiro (R$ 512), São Paulo ( R$ 505) e Paraná ( R$ 612). Em números absolutos, o Rio Grande do Sul teve o menor reajuste, apenas R$ 34. São Paulo deu R$ 51, Paraná R$ 81 e o Rio de Janeiro R$ 42.
A posição da Fiergs não é nova. As entidades empresariais não engolem o piso regional desde a aprovação da lei, no governo Olívio Dutra. Mas a crise no setor mais dinâmico da indústria, o exportador, será mais um argumento a alimentar a mobilização. As vendas para o exterior caíram quase 30% nos primeiros seis meses do ano.

Fiergs quer fim do salário mínimo regional
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Comentários
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Não seria bem umcomentario, mas sim uma pergunta. Gostaria de saber se a predominancia entre salario nacional e regional para ser pago ao trabalhador? ou seja, se o empregador pode optar entre um ou outro, ou tem que ser necessariamente o de maior valor?
Obrigada! -
Não seria bem umcomentario, mas sim uma pergunta. Gostaria de saber se há predominancia entre salario nacional e regional para ser pago ao trabalhador? ou seja, se o empregador pode optar entre um ou outro, ou tem que ser necessariamente o de maior valor?
Obrigada!

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