“O caos na segurança pública no RS já afetou o trabalho na esfera federal”.
Com essas palavras, o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do RS, Ubiratan Sanderson, iniciou a reunião com os sindicatos e associações do Bloco da Segurança.
Representantes de servidores de todas as áreas envolvidas com segurança decidiram lançar um manifesto para “alertar a população para o caos do setor e cobrar do Poder Legislativo e Judiciário ação para por acabar com o desmonte na área, promovido pelo atual governo gaúcho, através da falta de investimentos e parcelamento dos salários”.
O primeiro tema em debate é a atuação da Força Nacional, que é um paliativo e meio midiático, mas que não resolve a caótica situação na segurança pública.
A falta de investimento em equipamentos, a demora na nomeação de novos servidores, a redução na cota de combustíveis nas viaturas, provocam fechamento de postos de polícia, delegacias e quartéis do corpo de bombeiros.
Em manifesto divulgado em conjunto, as entidades revelam que pesquisa realizada demonstra que 70% da população já foi vítima de crime. Os latrocínios aumentaram 35%, em 2016.
Isaac Ortiz, presidente da UGEIRM, afirmou: “Em 18 meses de governo Sartori, há quase 3 mil homicídios no RS”. Já, o presidente da ABERGS, Ubirajara Ramos, lembrou:
“O corpo de bombeiros está com 52% de déficit no efetivo e quartéis continuam fechando. A Operação Golfinho registrou grande número de mortes no verão passado e não há bombeiros para participarem da operação no final deste ano”.
Para o presidente da ABAMF, está na hora do Judiciário agir. “Há decisões favoráveis aos servidores contra o parcelamento, mas a Justiça está inerte ao descumprimento da decisão pelo governo do RS”.
Leonel Lucas também ressaltou que o Legislativo será informado de todos os atos ilegais do governo gaúcho e que, certamente, podem resultar no impeachment do governador Sartori.
Os representantes da segurança rememoraram que o governo gaúcho aumentou impostos, aumentou os saques dos depósitos judiciais, renegociou a dívida do estado e diminuiu a receita destinada ao pagamento de precatórios. Mas nada disso resultou na mudança da situação financeira do RS. Onde está esse dinheiro? A população e os servidores desejam saber.
O parcelamento e a falta de efetivo são pontos gravíssimos na segurança pública. O número de brigadianos registra um déficit de 50%. Na perícia policial a falta de servidores paralisa serviços. Nos presídios, os agentes penitenciários estão jogados ao risco.
As entidades irão lutar e tomarão todas as providências para que o governo Sartori não jogue a segurança pública do RS, que já foi exemplo para o país, na lista dos piores serviços do mundo. (do site da Abamf)
"Força Nacional é um paliativo midíatico", diz manifesto de policiais
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