Cerca de 50 mil fotos, feitas por três fotógrafos oficiais do Palácio Piratini durante o governo de Yeda Crusius (2007/2010), estão sumidas. Pela lei, deveriam estar, à disposição do público, no Arquivo Público ou no Museu de Comunicação Hipólito José da Costa. Não estão. A jornalista Ana Jung, ex-assessora de imprensa na gestão tucana, diz que as fotos estão armazenadas em um HD de posse da própria Yeda Crusius. A ex-governadora não foi localizada para confirmar a informação.
Qual o interesse da ex-governadora ao não disponibilizar as imagens? Há fotos que registraram fatos curiosos como a vez que Yeda foi carregada no colo por um oficial da Brigada Militar depois de levar um susto em um palanque improvisado num município gaúcho (que está na internet). Ou a série de fotografias que mostram Yeda e demais autoridades levando um susto com o fogaréu alto que acendeu a chama crioula na abertura da Semana Farroupilha.
O mistério é antigo. Em 2011, consultada por pesquisadores, a coordenadora do setor de fotografia do museu, Denise Stumvoll – hoje licenciada – informou que a direção do Hipólito estava à procura das fotos junto a antigos assessores de Yeda. O ex-diretor do Museu de Comunicação, Augusto Bier, redigiu um ofício para que a então secretária de Comunicação do governo Tarso, Vera Spolidoro, formalizasse o pedido de devolução das fotos junto a Yeda Crusius.
O fotógrafo Jefferson Bernardes, que acompanhava a ex-governadora, não sabe o que houve. Disse que deixou o cargo na metade de 2010. Outro fotógrafo que trabalhou para o governo de Yeda foi Antônio Paz, mas ele não foi localizado para comentar o assunto. O experiente fotógrafo Paulo Dias, que já trabalhou para várias administrações, se disse surpreso com o fato das fotografias não terem sido enviadas para o museu. “Isso é automático, é de lei, tem que estar lá”, disse. Desde o governo Rigotto, todas as fotos do governo são digitalizadas.
Fotos do período Yeda Crusius sumiram dos arquivos do governo
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