Fraude do leite também em Santa Catarina

Como previu o procurador Altino Bastos Filho, um dos responsáveis pelas investigações do Ministério Público Federal sobre adulterações no leite produzido no Rio Grande do Sul, um ramal da fraude foi detectado pela primeira vez em Santa Catarina.
As autoridades policiais e sanitárias estão colocando fora do comércio uma parcela da produção de um laticínio catarinense na qual foram encontrados vestígios de formol, substância usada para mascarar a deterioração de leite cru.
Segundo o procurador Bastos Filho, é lógico esperar que a fraude detectada em 2013 no Rio Grande do Sul também exista em outros estados, já que a cadeia produtiva de leite opera da mesma forma em todo lugar: a matéria-prima altamente perecível é recolhida nos milhares de sítios produtores por centenas de fretistas autônomos, alguns dos quais se transformam em proprietários-exploradores de “linhas de leite” a serviço de poucas indústrias de laticínios. São poucas mesmo: no RS, apenas duas dezenas – três das quais fecharam depois das investigações que já condenaram sete pessoas a penas de dois a 18 anos de reclusão.
 
Nesse longa história que começou com o tradicional “batismo” do leite com água por leiteiros avulsos, falta apurar quem ensinou os modernos transportadores a “corrigir” leite estragado com produtos como peróxido de hidrogênio (a popular água oxigenada), soda cáustica e ureia com formol. Só pode ser coisa de técnicos de nível médio a superior que trabalham ou trabalharam em indústrias alimentícias e sabem os efeitos dessas substâncias em produtos perecíveis. O peróxido de hidrogênio é usado pela indústria láctea no processo de limpeza da caixinha de UHT antes do seu enchimento com o produto oferecido aos consumidores.
(Geraldo Hasse)
 

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