Na Praça da Alfândega, Centro Histórico de Porto Alegre, em frente ao Edifício Sede Querência, funcionários da instituição bancária mostraram disposição para resistir e protestar durante ato do Dia Nacional de Luta por valorização e defesa dos direitos dos empregados da Caixa.
Contra o desmonte, dirigentes sindicais se revezaram com associações representativas dos trabalhadores da Caixa para esclarecer a população sobre a importância dos bancos públicos para a vida dos brasileiros e a necessária unidade e mobilização dos empregados para combater uma lógica perversa de desmonte das empresas públicas. Participaram do ato representantes da AGEA (Associação Gaúcha de Economiários Aposentados e da AGECEF (Associação dos Gestores da Caixa no Rio Grande do Sul).
Para mostrar que os empregados da Caixa não têm nenhuma responsabilidade sobre a repercussão do desmonte na prestação do serviço, o SindBancários lançou também a campanha de valorização do banco público.
A ideia é mostrar que a reestruturação da Caixa retira direitos dos clientes e das pessoas que mais precisam de políticas públicas. Os cortes no orçamento do governo federal incidem diretamente sobre a promoção de financiamento para a casa própria, na educação e até mesmo dificultam o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Vem para a luta
As peças publicitárias e a defesa da Caixa fazem parte de uma campanha nacional que o SindBancários valoriza o conceito “Vem pra luta defender os bancos públicos”. A ideia é atacar a estratégia do governo Temer que é aumentar as filas, precarizar o atendimento para culpar os empregados da Caixa e criar um clima entre os clientes favorável à privatização.
O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, exaltou a importância da Caixa como banco público para atender as necessidades de quem mais precisa. Políticas públicas de saneamento, casa própria, igualdade de renda são programas públicos ameaçados pela estratégia perversa do governo Temer. “Se tivéssemos um governo sério, estaríamos lutando para fortalecer os bancos úblicos. Essa é a lógica de um governo que acha que a população não precisa de banco público. É só o interesse do mercado. É uma lógica dos governos estadual e federal acabar com os bancos públicos. Estamos defendendo o futuro do país”, disse Gimenis..
Segundo presidente do Sindicato, a ideia é desmontar o único banco 100% público, atacando a imagem, reduzindo o número de funcionários e fazendo clientes acreditarem que o melhor campinho é o da privatização. “Esse é o primeiro passo de uma grande campanha. Os empregados da Caixa, quando estiverem atendendo um cliente, devem entregar o material da campanha e dizer para os clientes que a falta de atendimento não é culpa dos colegas, mas de um governo que prepara a venda”, acrescentou Gimenis.
Bancos privados
O diretor do SindBancários e empregado da Caixa, Jailson Bueno Prodes, enumerou o acesso à universidade pública e privada por meio do financiamento, saneamento básico, acesso a serviços bancários para moradores de rua, pessoas de baixa renda e tantos outros programas sociais estão sob risco de serem extintos pelo governo Temer. “A Caixa está sendo desmontada para que o governo Temer assuma o compromisso com os bancos privados. Esse desmonte da Caixa vai atingir a todos os brasileiros e brasileiras, especialmente os de mais baixa renda”, explicou.
O diretor da Fetrafi-RS, Arnoni Hanke, refletiu sobre outros setores da economia em que as empresas públicas estão a perigo ou em processo de desmonte. “A nossa luta precisa ser em defesa das empresas públicas. O governo Temer está entregando o nosso petróleo, minerais e quer acabar com os bancos públicos, como a Caixa. Estamos demonstrando que a Reforma Trabalhista, assim como a proposta de Reforma da Previdência, a perseguição aos movimentos sociais e sindicatos não favorece os trabalhadores”, afirmou.
O diretor do SindBancários e da Contraf-CUT, Mauro Salles, fez alusão à década de 1990 em que o governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso atacou empresas públicos com as privatizações. “Esse filme nós já vimos e resistimos. O que significa a privatização da Caixa? Os programas sociais estão acabando, e a Caixa é mais do que um banco um patrimônio. Os banqueiros da rede privado estão de olho no Fundo de Garantia e em ficar com os bancos públicos”, alertou.
Processo de destruição
O secretário de comunicação da CUT-RS, Ademir Wiederkehr, inclui os ataques a outros bancos públicos, como o Badesul, o BRDE e o Banrisul, no Rio Grande do Sul, como relacionados com um processo de destruição. “Essa é uma luta que não é só da Caixa. É de todo o povo brasileiro. Estamos na luta em defesa do sistema financeiro público. Precisamos juntar forças e resistir a esse processo de ataque ao patrimônio público”, destacou.
O presidente da Associação Gaúcha de Economiários Aposentados (AGEA), Sérgio Santos, referiu-se ao fato de que a população não conhece o papel da Caixa. “A metade do nosso povo não sabe o que a Caixa representa. Para o próprio povo. O tempo dirá o quanto ela é importante. Vamos vencer mais esse desafio, porque o povo que a Caixa continue pública”, discursou. O presidente da AGECEF, Adonis Silva, também se fez presente no ato do Dia Nacional de Luta.
Fonte: Imprensa SindBancários
Funcionários da CEF protestam contra o desmonte da instituição
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