GERALDO HASSE
Profundo conhecedor dos mecanismos judiciários – além de juiz, foi secretário do primeiro Conselho Nacional da Justiça –, o governador eleito do Maranhão, Flavio Dino, acredita que a Operação Lava Jato, se continuar sendo bem conduzida pela Polícia Federal e o Ministério Público, pode equiparar-se à Operação Mãos Limpas, que esterilizou a Máfia na Itália, nos anos 1990.
A Operação Lava Jato investiga a corrupção no âmbito da Petrobras e, na semana passada, prendeu uma dezena de dirigentes de empreiteiras de obras públicas. A analogia Brasil-Itália foi feita na segunda-feira (17/11) no programa Roda Viva, que a TV Cultura de São Paulo transmite em rede com as emissoras educativas estaduais.
Talvez a maior surpresa eleitoral de 2014, pois derrotou o grupo político do ex-presidente José Sarney, o atual deputado Flavio Dino (PCdoB) não é um aventureiro ou fantoche, como se poderia imaginar. Na entrevista das 22h às 23h30, diante de uma bancada de cinco repórteres escolados, entre eles Fernando Rodrigues, da Folha de S. Paulo, o novo governador maranhense deu um show de conhecimento histórico, articulação política e visão econômica.
“O senhor acha que a presidenta Dilma pode não estar envolvida no escândalo da Petrobras?”, perguntou o apresentador Augusto Nunes, que não esconde seu desprezo pela sucessora de Lula, nem pelo ex-presidente petista, em seu blog na Veja online.
“Dilma é uma pessoa honesta. Acho que ela não está envolvida”, disse Dino, que por contingências políticas regionais não recebeu o apoio do PT no Maranhão, onde o partido da presidenta apoiou o PMDB. Com a vitória no primeiro turno, Flavio Dino está com dois terços da equipe de secretários formada. Entre os convidados, figuram técnicos do PMDB, do PSDB e de outros sete partidos aliados, fora o PT.
Governador eleito do Maranhão compara Lava Jato a Mãos Limpas
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