O ensino de história e cultura afro-brasileira e africana será obrigatório nas escolas municipais de Mostardas, no Rio Grande do Sul, a partir do próximo ano.
Uma resolução dos Conselhos de Educação e da Igualdade Racial do município aprovou a medida com base na Lei nº 10.639 de 2003 que introduziu a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas de ensino fundamental.
Será também, conforme a lei, incluído no calendário de atividades o mês da Consciência Negra nas escolas do município. Mostardas é um dos mais antígos municípios gaúchos, com pouco mais de 12 mil habitantes, localizado no istmo entre o Atlântico e a Laguna dos Patos.
Com proposta aprovada, as escolas deverão trabalhar ao longo do ano, conteúdos que valorizem a cultura negra e quilombola do campo e da cidade na formação do município, resgatando assim o papel destes sujeitos na construção do município, bem como reduzindo o racismo e a discriminação, ainda presentes em nossa sociedade.
Com a resolução, são propostas diretrizes curriculares para o estudo da história e cultura afro-brasileira e africana. Por exemplo, os professores devem ressaltar em sala de aula a cultura afro-brasileira como constituinte e formadora da sociedade brasileira, gaúcha e mostardense, na qual os negros são considerados como sujeitos históricos, valorizando-se, portanto, o pensamento e as ideias de importantes intelectuais negros brasileiros, a cultura (música, culinária, dança) e as religiões de matrizes africanas.
O secretário de Coordenação e Planejamento de Mostardas, Jorge Amaro definiu a medida como “ um avanço importante no processo da luta contra o preconceito e a discriminação racial que pode ser promovido a partir da escola.”

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