O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) atacou o ajuste fiscal do Governo Dilma como um ‘pacote de maldades’ do Governo Dilma Rousseff, baseado em duas Medidas Provisórias— 664 e 665 —, que reduzem os benefícios de trabalhadores e aposentados e restringe o acesso ao seguro-desemprego.
Randolfe, em discurso na tribuna do Senado Federal nesta quinta, propôs que o Governo Federal apoie a regulamentação do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), que segundo ele “atenderia mais da metade dos R$ 20 bilhões que o Governo pretende arrecadar com o seu infeliz Pacote de Ajuste Fiscal”.
O senador do PSOL citou um relatório de 2014 do banco Credit Suisse, com sede em Zurique, na Suíça, listando cerca de 1.900 pessoas com um patrimônio líquido superior a US$ 50 milhões (cerca de R$ 130 milhões), que poderiam ser alcançadas pelo Fisco brasileiro para “dar um quinhão maior de contribuição no combate à desigualdade de renda no País”.
Randolfe Rodrigues destacou, em seu discurso, que cerca de 10 mil famílias no Brasil se enquadram na moldura das grandes fortunas. “Nesse universo privilegiado, metade — ou 5 mil famílias — teria um patrimônio somado equivalente a 40% do PIB brasileiro, a sétima maior economia do mundo, que representa uma riqueza de US$ 2,24 trilhões”, destacou Randolfe.
Nessa conta, lembrou o senador do PSOL, cerca de US$ 900 bilhões estariam concentrados nas mãos das 5 mil famílias mais ricas do País. O Imposto sobre Grandes Fortunas foi aprovado pela Constituição de 1988 (Artigo 153, Inciso VII), mas até hoje não foi regulamentado: “Passaram-se mais de 26 anos e o Brasil ainda não estabeleceu as regras que tornariam viável este imposto ainda intocado pelo Fisco”, reclamou Randolfe.
O senador do PSOL lembrou que “reduzir direitos sociais, aumentar tarifas e preços públicos vai na contramão não só do que defendeu a presidente Dilma Rousseff na campanha eleitoral, mas também do que quer, deseja e merece o povo brasileiro”. E fez um alerta: “O povo que foi às ruas em 2013 e em 2014, com certeza, retomará as ruas em 2015 por mais e melhores direitos. A sociedade não aceita mais pagar, com os impostos mais caros do mundo, uma estrutura política apodrecida que frauda e corrói seus direitos mais elementares”. (Da assessoria)
Imposto sobre grandes fortunas pode render 10 bilhões
Escrito por
em
Adquira nossas publicações
texto asjjsa akskalsa
Comentários
Uma resposta para “Imposto sobre grandes fortunas pode render 10 bilhões”
-
Conselho aos marqueteiros oficiais: joguem toda a força de comunicação do governo no Plano de Aceleração do Crescimento, o PAC. Transformem Dilma num Juscelino de saias. No intervalo entre reeleição e posse, este comentarista já havia sugerido esta estratégia para criar um ponto forte para concentrar a atrair as forças de apoio e obter uma virada de imagem com consistência para atravessar a tormenta do segundo mandato. Dizia: O quadro político aponta para um fracasso; o quadro econômico é incontrolavelmente declinante. A grande saída é firmar o legado de Dilma no PAC, na gerentona de obras que está mudando a superfície do país com grandes obras, oferecendo ao país um alargamento do gargalo da infraestrutura que algema o crescimento da economia pela falta de estradas de rodagem modernas para os grandes caminhões, de ferrovias atualizadas ao transporte de grandes distâncias, aos portos, aeroportos e, principalmente, da energia elétrica que é, neste momento, o verdadeiro grilhão que impede a retomada do crescimento.
Foi assim que Getúlio escapou da armadilha que a UDN lhe preparara, tirando o debate do seu passado ditatorial para discutir Petrobrás e Eletrobrás. Seu pupilo e sucessor, Juscelino, também saiu por aí, contornando a oposição feroz com o programa 50 Anos em 5. Em vez de impeachment, como queria Carlos La\cerda, o país se uniu em torno das grandes obras de infraestrutura e da joia para orgulho das multidões que foi Brasília. A nova capital trouxer os olhos do mundo para o Brasil e isto afagou o ego das massas.
Então sugiro de boa fé: Dilma descarte de sua imagem a gaúcha braba e mandona e resgate a mineira dinâmica, a Juscelino de saias (atenção feminista, isto é apenas uma imagem, nada de machismo). Então sua resposta será dada em visitas a canteiros de obras dizendo9 que não se mete em bate-bocas e que emprega seu tempo para fazer o que o Brasil espera dela. É verdade que só isto não basta, mas é uma boa posição para chegar ao gol.

Deixe um comentário