Pela terceira vez foi adiada a inauguração do Centro Popular de Compras que está em construção no centro de Porto Alegre, como solução para um problema já histórico da cidade: os vendedores ambulantes que ocupam as ruas da área central.
Prometido para o início, depois para o fim de setembro, o prédio agora só ficará pronto no final de outubro, se tudo correr bem. “Ainda temos uns 20 dias em trabalhos de acabamento se a chuva não atrapalhar”, disse o engenheiro Roberto Moura, responsável pela obra.
A coordenadora da sessão de Licenciamento de Utilidades Ambulantes da Smic, Irapuama May, prevê no site da secretaria mais uns 15 dias de trabalho para o cadastramento dos camelôs.
São 20 mil metros quadrados de área construída em dois módulos (um com dois, outro com três andares) ligados por uma passarela sobre a avenida Julio de Castilhos. O prédio terá ainda um estacionamento que será explorado pela EPTC e postos de serviços públicos.
Os 800 boxes terão tamanhos variáveis desde dois metros de comprimento por um de largura até 8 metros x 3 metros. Os comerciantes pagarão R$ 24,96 por semana, por metro quadrado. Ou seja, o valor dos aluguéis mensais vão variar entre R$ 190,oo (para os boxes menores) e R$ 600 para os maiores.
A Verdicon Construtora é uma empresa de Erechim que ganhou a concorrência para construir, com o direito de explorar o camelódromo por 25 anos. A empresa vai completar dez anos e recentemente ficou conhecida com o lançamento de celas pré-moldadas para presos.
A construção de presídios e viadutos é a sua especialidade. No momento está construindo presídios em Minas, Maranhão e Espírito Santo, além de um viaduto em Guaiba. Os proprietários são dois irmãos Carlos e Henrique Deboni. O camelódromo é a primeira obra urbana da empresa em Porto Alegre.