Foi cremado na manhã desta segunda-feira, 15 de agosto de 2016, o corpo do professor e escritor José Darcy Costa Rodrigues. Seu filho, Vladimir, parentes e amigos o velaram no crematório metropolitano.
Nenhuma autoridade, nenhum figurão, nenhum reconhecimento do mundo oficial. Um caso exemplar da esquizofrenia do poder público nesta cidade, no Estado.
Um servidor público da qualidade e da probidade de José Darcy não receber sequer um necrológico no jornal da cidade em que viveu é um sinal dos tempos.
Menino pobre que iniciou sua formação no Colégio Parobé, José Darcy graduou-se em Pedagogia, fez doutorado em Administração e percorreu uma carreira exemplar no serviço público.
Era diretor da Fundação de Recursos Humanos quando foi requisitado para a equipe que o governo do Estado colocou à disposição do cardeal D. Vicente Scherer para salvar a Santa Casa, tornada uma casa de horrores por décadas de crise.
Ficou encarregado dos Recursos Humanos, no projeto que o dr. João Polankzic comandou e que transformou um depósito de doentes num dos mais modernos complexos hospitalares do país.
Depois, na gestão de Ruy Carlos Ostermann na Secretaria de Educação, ele foi sub-secretário, trabalhando sobretudo no diálogo com os professores, com base na sua experiência de muitos anos em salas de aula.
Aposentado, dedicou-se à literatura. Publicou uma novela, evocando sua infância em Dom Pedrito, e deixou vários contos inéditos. Seu filho Vladimir, na despedida, lembrou do seu amor pela música, sua alegria nas festas tocando violão e sua retidão no trabalho.
Os amigos de todos os dias na Fernando Machado, contaram que ele estava alegre. Bebeu cerveja, cantou e contou piadas. Pouco depois das oito da noite, subiu para seu apartamento. Ao entrar sentiu-se mal, tentou voltar, caiu na porta. O médico constatou uma parada cardíaca. Tinha 78 anos.
José Darcy Rodrigues morre aos 78 anos
Escrito por
em
Adquira nossas publicações
texto asjjsa akskalsa

Deixe um comentário