A Justa Trama é muito mais do que uma marca sustentável que faz um desfile de moda na manhã deste sábado, às 10h, na Redenção, em frente ao Monumento ao Expedicionário.
O que acontece em Porto Alegre é a parte final de uma cadeia produtiva que envolve cerca de 600 trabalhadores, em cinco estados brasileiros.
O plantio do algodão agroecológico é feito por duas associações: uma em Tauá, no Ceará, e outra em Pontaporã, no Mato Grosso do Sul.
As flores de algodão são enviadas a Minas Gerais, onde a Cooperativa de Produção Têxtil de Pará de Minas (Coopertextil) faz a fiação e a tecelagem.
De Porto Velho, capital de Rondônia, a Cooperativa Açaí manda sementes da região, usadas em adornos das peças e na produção de ecojoias.
Em Porto Alegre, a Cooperativa de Costureiras Unidas Venceremos (Univens) faz e comercializa as roupas pela internet. Com as sobras da confecção, o Coletivo Inovarte cria brinquedos e jogos pedagógicos.
A Univens foi criada em 1996, e a Justa Trama existe deste 2005. É um projeto consolidado.
Dos cerca de 600 trabalhadores pelo país, 60% são mulheres. São catadoras de sementes, agricultoras, fiadoras, tecedores, costureiras, artesãs e assentados que trabalham sob os preceitos da economia solidária: equidade de gênero, inclusão social, sustentabilidade e comércio justo.
Assim a Justa Trama tornou-se referência em economia solidária e moda sustentável no Brasil, reconhecida internacionalmente como a rede nacional mais completa do país.
Agora em junho, a Justa Trama lança sua nova coleção de roupas: “Moda que envolve: costureiras, artesãs e sustentabilidade”, desenvolvida com o apoio do Projeto Empodera, do Instituto Renner e Onu Mulheres.
As roupas são produzidas com o algodão orgânico certificado e colorido com tingimento natural, que preserva totalmente o ambiente.
O resultado desta parceria são roupas confortáveis, sustentáveis e em vários estilos. O lançamento num desfile aberto neste sábado (3/6), a partir das 10h, em frente ao Monumento Expedicionário, no Parque Farroupilha, em Porto Alegre. Quem passar por lá poderá conferir também um show com a banda Babitongas (www.facebook.com/babitongas).
Para conhecer e comprar roupas da Justa Trama pelo e-commerce: www.justatrama.com.br.
“O desfile é uma forma de trazermos para perto das pessoas, o que conseguimos criar e produzir de forma coletiva. A moda é uma escolha. Escolher a justa trama é escolher uma roupa que tem o cuidado com o meio ambiente em todo o processo. É escolher a natureza, um ambiente saudável. Uma roupa agradável produzida por mãos e ideias de quem acredita que a roupa também veste sua consciência, diz Nelsa Ines Fabian Nespolo, uma das fundadoras da cooperativa, que tem sede na Vila Nossa Senhora Aparecida, no bairro Sarandi, em Porto Alegre.
JUSTA TRAMA
Fazem parte desta cadeia as cooperativas:
- Associação de Desenvolvimento Cultural e Educacional (ADEC):Plantio do algodão orgânico em Taúa (CE).
- Associação da Escola Família Agrícola da Fronteira (AEFAF):Plantio do algodão orgânico, em Pontaporã (MS)
- Cooperativa de Produção Têxtil de Para de Minas (Coopertextil):Fiação e Tecelagem em Pará de Minas (MG)
- Cooperativa Açaí:Sementes da região, usadas para ornamentação das peças e também produção de ecojoias, em Porto Velho (RO)
- Coletivo Inovarte: Brinquedos e jogos pedagógicos com as sobras da confecção, em Porto Alegre (RS)
- Cooperativa Unidas Venceremos (Univens):Confecção, em Porto Alegre (RS).
A Justa Trama é uma das atividades da Univens
Foi fundada em Porto Alegre, em maio de 1996, por mulheres entre 18 e 70 anos com o objetivo de promover geração de renda e trabalho de forma coletiva. Atualmente a cooperativa tem 22 cooperadas que produzem peças de vestuário como camisetas e uniformes, além da confecção e gestão da comercialização das peças da Justa Trama.
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