O que a greve dos caminhoneiros deixou evidente é a indignação geral da população e o desejo de fazer alguma coisa para mudar, um impulso de protagonismo, voluntarista, sem objetivo claro.
Como disse a líder de uma manifestação em Passo Fundo: “Vamos pegar uma carona com os caminhoneiros e vamos mudar o Brasil!”
Em Porto Alegre 300 gaúchos a cavalo atravessaram o centro até o Palácio Piratini, para entregar uma carta ao governador Ivo Sartori, contra a corrupção e a carga de impostos.
O governador, que não pode abrir mão de impostos, não recebeu a comitiva dos manifestantes. Quando isso foi anunciado, muitos gritavam: “Te cagaste, gringo”;
A 200 metros dali, na Rua da Praia, cerca de 30 donas de casa e familiares desfilavam diante dos quartéis, com faixas pedindo “Intervenção Militar Já”.
Pelo país afora, foram incontáveis as manifestações desse desejo de dar um basta, revelando uma energia social, que não consegue ser canalizada para um processo de mudança.
A desinformação e a manipulação confundem os diagnósticos e os objetivos e resultam na pulverização das opiniões.
Essa é a questão que fica em aberto, aguardando a próxima crise.
Lições da greve: desejo de dar um basta não é suficiente
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