Lula critica auxílio moradia, ironiza Moro e diz que "fugir não existe"

Em entrevista à Rádio Jornal, de Pernambuco, na manhã desta terça-feira 6, o ex-presidente Lula criticou o auxílio-moradia pago a magistrados que têm imóvel próprio na cidade onde trabalham, entre eles o juiz Sergio Moro, que o condenou em primeira instância pela Lava Jato no caso do triplex do Guarujá.
Questionado sobre o benefício, que foi noticiado pela Folha, Moro disse que o auxílio era uma compensação pela falta de reajuste da categoria.
Lula ironizou: “Agora aprendi uma nova: o povo brasileiro que não tem aumento de salário, por favor, façam como juiz Moro e requeiram auxílio-moradia. Ou façam como os procuradores, porque isso está na imprensa”.
“Como pode uma pessoa que recebe 30 mil requerer auxílio-moradia porque não teve aumento de salário, enquanto o povo está sendo despejado, enquanto as pessoas que ganham um salário mínimo não têm mais Minha Casa, Minha Vida?”, questionou o ex-presidente.
Lula afirmou ainda que vai “continuar acreditando no poder Judiciário”, onde “tem muita gente honesta e trabalhadora”. “Mas se alguém quer fazer política largue a profissão e dispute a eleição”, criticou.
“Eu estou indignado com o que fez o TRF4 e vou brigar na Justiça para que seja reparado porque sou inocente. Vou continuar acreditando nas instâncias superiores para o bem desse país”, afirmou. Ele declarou também que ‘se disser que respeita’ a decisão do TRF4, “a minha bisneta quando tiver 16 anos vai me chamar de covarde”.

O ex-presidente afirmou que não há possibilidade de pedir exílio para não ser preso. “Não existe a palavra fugir em minha vida. Escapei da fome até os 5 anos de idade, então vou encarar qualquer situação de cabeça erguida”, disse.
Condenado em segunda instância pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), Lula diz acreditar que a peça dos três desembargadores estava preparada “para salvar mentiras”. “Eu imaginava que, ao ir para segunda instância, ela serviria para corrigir os equívocos da injustiça. Fiquei pasmo com os juízes preferirem manter a mentira contada a estudar os autos do processo e me absolver. A única explicação é que tentam referendar a mentira contada na primeira instância, porque a acusação do Moro não tem pé nem cabeça”, criticou.
O ex-presidente acredita que será candidato nas eleições deste ano. “A verdade virá a tona e as pessoas que mentiram serão exoneradas”, afirmou. E diz por que se mantém nas lideranças das pesquisas: “É uma relação verdadeira com o povo brasileiro. A única coisa que tenho medo na vida é mentir para quem acredita em mim. Não posso trair um povo extraordinário que votou em um metalúrgico quase analfabeto, acreditando que eu faria por ele o que os doutores nunca fizeram. Os doutores não têm sentimento, não sabem o que é passar fome, por isso não podem governar o país, eles não conhecem parte do povo brasileiro”, afirma.

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