Com a decisão dos professores estaduais agora de manhã, reunidos em Assembleia Geral no Gigantinho, de paralisar as atividades por três dias, até sexta-feira, as greves dos Cpers já somam um ano e meio.
Desde 1973, quando foi criado o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul, unificando os educadores primários com os do ensino médio, o sindicato realizou 15 greves que totalizaram 521 dias paralisados.
Só nos quatro anos do governo de Pedro Simon, de 1987 a 1990, os professores pararam por 205 dias, quase sete meses sem aulas. A maior greve ocorreu em 1987, quando os colégios estaduais ficaram 96 dias sem presença de alunos.
HISTÓRICO DAS GREVES DO CPERS/SINDICATO
1979 Tempo de Greve: 13 dias
Conquistas: nomeação de 20 mil concursados e 70% de aumento salarial, parcelados.
1980 Tempo de Greve: 21 dias
Conquistas: percentuais de reajustes salariais; abono de regência estendido à categoria; 2,5 salários mínimos, a partir de janeiro de 1982; 25% do orçamento do Estado para a educação; e participação no Conselho Estadual de Educação.
1982 Tempo de Greve: 3 dias Conquistas: categoria resiste e não permite intervenção do então governador Amaral de Souza no CPERS e cumprimento do acordo feito em 1980.
1985 Tempo de Greve: 60 dias
Conquistas: 2,5 salários mínimos escalonados; 13º salário; 35% da receita dos impostos para a educação, com pelo menos 10% para o plano trimestral de conservação e construção de escolas; e eleição de diretores de escola.
1987 Tempo de Greve: 96 dias
Conquistas: garantia do plano de carreira; não discriminação dos aposentados; e garantia de emprego aos contratados até a promulgação da Constituição Federal que prevê a estabilidade a estes professores.
1988 Tempo de Greve: 9 dias
Conquistas: unidocência; 95% de reajuste, sendo 70% em outubro e 26% em dezembro; aceleração da regularização do pagamento do difícil acesso; cronograma de regularização das promoções; e redução do período de reajustes da trimestralidade para bimestralidade.
1989 Tempo de Greve: 42 dias
Conquistas: 54% de reajuste, sendo 25% em maio, 15% em julho e 10% em outubro, não cumulativos; publicação e pagamento das alterações de níveis; nomeação de três mil professores; e agilização do pagamento da unidocência.
1990 Tempo de Greve: 58 dias
Conquistas: 105,42% de aumento salarial; garantia da reposição da inflação de maio, junho e julho; e revisão salarial em agosto.
1991 Tempo de Greve: 74 dias
Conquistas: 191,61% de aumento salarial; retirada da proposta de abono; ano letivo não começou conforme o calendário do governo; e intensificação da mobilização da comunidade em defesa do ensino.
1997 Tempo de Greve: 14 dias
Conquistas: retomada das greves do magistério com ampla participação da categoria e com o apoio da comunidade.
2000 Tempo de Greve: 32 dias
Conquistas: 14,9% de reajuste parcelado; reajuste de 20% no vale-refeição; fim da sobreposição de níveis; criação de comissão para discutir a inclusão dos funcionários de escola no quadro da Secretaria da Educação e elaboração de um plano de carreira para os funcionários de escola; retomada dos debates acerca do plano de carreira; e governo compromete-se a não aumentar a contribuição para o IPE e à aposentadoria.
2004 Tempo de Greve: 29 dias
Conquistas: garantia do IPE público; garantia da condição de dependência para cônjuges ou companheiros.
2006 Tempo de Greve: 37 dias
Conquistas: reajuste de 8,57%, parcelado em cinco vezes; promoção de professores referentes a 2001 e compromisso de garantir a promoção de funcionários de escola de 1999; atualização dos repasses para as escolas; e suspensão dos contratos de gestão e do processo de municipalização da educação.
2008 Tempo de Greve: 15 dias
Conquistas: retirada do regime de urgência de projeto que criava um rebaixado piso salarial estadual do magistério; e o compromisso da Assembleia Legislativa de não votar durante o recesso escolar nenhum projeto que retirasse direitos da categoria.
2009 Tempo de Greve: 6 dias
Conquistas: manutenção dos planos de carreira da categoria e de outras importantes e históricas conquistas dos educadores da rede estadual de ensino.
2011 Tempo de Greve: 15 dias
Conquistas: A categoria aprovou uma campanha permanente de denúncia do governo Tarso, que descumpre a lei do piso, tenta implementar políticas que atacam a educação pública e os direitos dos educadores e não cumpre o compromisso de criar, com uma lei estadual, o piso para os funcionários de escola.
Magistério já soma um ano e meio em greve
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