Malmann vai remanejar polícias civil e militar

Cleber Dioni

A Segurança Pública do Estado vai passar por uma reestruturação organizacional este ano. O titular da pasta, José Francisco Mallmann, disse que o objetivo é racionalizar os recursos administrativos para qualificar o atendimento à população. Concluídos os projetos, eles serão apresentados a governadora Yeda Crusius e encaminhados para a Assembléia Legislativa.

O déficit no quadro de servidores, tanto da BM quanto da PC, segundo o secretário, fez com que a pasta buscasse alternativas viáveis para as polícias civil e militar. Uma das medidas é que tanto os CRPOs quanto as Regionais de Polícia poderão estar localizadas em cidades-pólo que concentrem, preferencialmente, representações dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento, Regionais do Judiciário e coordenadorias de áreas como a Saúde e Educação.
A Brigada Militar será a primeira a receber as mudanças. Cerca de 1.426 policiais militares serão deslocados das atividades administrativas para o policiamento de rua. O objetivo é transformar os atuais 33 Comandos Regionais de Policiamento Ostensivo em 12. Hoje, o déficit na BM é de 11 mil servidores.

Entidades ligadas à segurança estão preocupadas com os boatos de que o governo iria extinguir batalhões da BM e remanejar policiais dos postos comunitários. O presidente do Conselho Municipal de Segurança Pública de Porto Alegre, Florenício dos Santos, disse que há boatos de que o governo do Estado pretende fechar o 19º Batalhão da Brigada Militar, que atende as zonas Norte e Leste da cidade, e remanejar o efetivo para o 1º Batalhão, que funciona no bairro Praia de Belas. O 20º Batalhão, que abrange a área entre os bairros Rubem Berta e Agronomia, também estaria incluído no projeto.

O secretário Malmann garantiu que não haverá fechamento de batalhões. E que a comunidade deve ficar tranqüila, pois as informações que estão circulando não são oficiais.

Na Polícia Civil, a proposta também prevê a redução no número de delegacias, incluindo as delegacias regionais. As atuais 29 Delegacias Regionais ficarão em 12 unidades. Cidades com, por exemplo, três delegacias, incluindo a regional, poderão ter apenas uma única Central de Polícia. Malmann explicou que um dos critérios para a racionalização é a baixa operacionalidade dessas delegacias, sendo que algumas registram  apenas ocorrências. Apenas o Instituto Geral de Perícias (IGP) deve ter um acréscimo no número de comandos regionais: de quatro para doze.

A medida visa, justamente, incrementar o trabalho de investigação, com o aumento nas equipes policiais. Vai colaborar para reduzir a sensação de impunidade junto à população, visto os mais de 1,6 milhões de inquéritos em andamento na Polícia Civil”, destacou.

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