Manifestantes pedem impeachment de Yeda

Por Paula Bianca Bianchi
A chuva atrapalhou, mas não impediu a realização de um ato pelo impeachment da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, hoje pela manhã em Porto Alegre. Coordenada pelo CPERS, a manifestação reuniu cerca de 1,5 mil pessoas e foi motivada pelas recentes denúncias publicadas contra Yeda na revista Veja.
Armados de guarda-chuvas os manifestantes, em sua maioria professores, servidores públicos e estudantes, subiram a Borges de Medeiros em direção ao Palácio do Piratini gritando as palavras de ordem, “ai, ai, ai. Empurra Yeda que ela cai!”. Eles pediam a investigação das denúncias de corrupção e o impeachment imediato da governadora.
“Uma governadora sob suspeita não tem legitimidade para continuar no cargo”, afirmou a presidente do CPERS, Rejane de Oliveira. O sindicato argumenta que a saída de Yeda é necessária para dar lisura à investigação.
A manifestação, que começou às 10h30 e durou cerca de uma hora e meia, resultou também em um “calendário de jornadas”, como explica a estudante Ana Paula Madruga, do DCE da UFRGS. “Essa é uma forma de evitar que a investigação seja deixada de lado”, lembra Ana Paula. A idéia é que uma série de ações contra a governadora sejam realizadas na cidade nas próximas semanas.
Yeda e integrantes de seu governo são acusados de desvio de dinheiro no Detran-RS, fraude em licitações, além de caixa dois na campanha eleitoral de 2006. O governo não se posicionou sobre a manifestação.
Ao final do ato, os estudantes ocuparam a Assembléia Legislativa e foram recebidos pelo presidente da casa, Ivan Pavan (PT). Ele prometeu pressionar o governo pela abertura de uma CPI para investigar o caso. Até o momento o PT conseguiu dez, das 19 assinaturas necessárias para dar início a comissão.

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