Manifestantes realizam “velório” de Yeda

Cerca de 1,5 mil pessoas se encontraram às 19 horas dessa quinta-feira em frente à sede do CPERS para, através de um velório simbólico, pedir a renúncia da governadora do Estado, Yeda Crusius. O protesto foi organizado pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais (FSPE) e marca os “860 dias de agonia para o Rio Grande do Sul que representa o governo Yeda”.
Sob gritos de “fora Yeda”, refrão que já ganhou às ruas e os muros da cidade, os manifestantes caminharam da rua Alberto Bins até o Palácio Piratini levando velas e faixas com palavras de ordem. Para Antônio, aluno de letras na UFRGS, o protesto teve um ar de mea culpa. “Essa vela aqui é também de vergonha, porque votei na Yeda nas últimas eleições”.
A marcha, formada principalmente por estudantes, militantes e funcionários públicos, foi puxada por uma corrente de sindicalistas e avançava rápida ao ritmo de instrumentos de percussão. Em meio à multidão, além de bandeiras do PSOL e do PSTU, havia até mesmo vendedores de pipoca e sorvete. Durante todo a trajeto, a procissão foi acompanhada pela Brigada Militar, que bloqueou as vias transversais.
Estudantes cantavam “não tem dinheiro pra educação, mas tem dinheiro pra comprar uma mansão”, referência ao negócio da casa da governadora, investigado pelo Ministério Público. Alguns reivindicavam que Yeda “voltasse para São Paulo”, outros gritavam “um dois três, Yeda no xadrez”.
Ao fim do percurso, os manifestantes colocaram suas velas no chão formando a palavra impeachment. Para as entidades que fazem parte do FSPE, o governo Yeda não tem mais legitimidade para continuar, muito menos encaminhar projetos que retirem direitos dos servidores públicos.

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