Hospitais de todo o Brasil terão nesta quinta-feira (15) seu atendimento prejudicado: trata-se da paralisação nacional dos médicos residentes que lutam pela valorização da categoria. “Existe uma cultura de que o residente ainda é um estudante de medicina, apesar de já estar formado”, explica Guilherme Pesce, um dos líderes do movimento no Hospital de Pronto Socorro.
Eles cumprem uma exaustiva carga horária de até 80 horas semanais, enquanto o previsto por lei é de 60 horas por semana. O valor da bolsa-auxílio também está sendo questionado: ao invés dos atuais quatro reais por hora, os residentes estão pleiteando um aumento para seis reais a hora trabalhada.
Segundo os manifestantes, cerca de 80% dos atendimentos de emergência, da UTI e pronto-atendimento são realizados pela residência e, em alguns setores, essa participação chega a ser de quase 100%. “Na verdade os médicos contratados dão apenas a supervisão”, explica Pesce.
No HPS os manifestantes ainda chamam a atenção para o fato de ser o único hospital brasileiro que possui residência em medicina de emergência. “Queremos que a emergência seja uma especialidade médica”, diz Pesce, citando o exemplo dos Estados Unidos que, desde 1970, percebeu que a falta de preparo dos médicos para o atendimento emergencial custava a vida de muitas pessoas.
Para marcar a paralisação nacional em Porto Alegre, estão programadas para esta quinta-feira (15), uma assembléia com todos os residentes de Porto Alegre, no Hospital de Clínicas e um mutirão de atendimento à população, a partir das 15h, no Parque da Redenção. Além de esclarecimentos sobre medicina preventiva, os residentes irão medir a pressão e as taxas de glicose.
Médicos residentes paralisam por melhores condições de trabalho
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