Na manhã desta quinta-feira (12), o Centro de Porto Alegre foi tomado por manifestantes de esquerda com pautas diversas. Os principais atos do dia foram um protesto de sindicatos, coletivos e partidos de esquerda contra políticas dos governos federal, estadual e municipal, e uma marcha liderada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em defesa da Petrobras e da presidenta Dilma Rousseff.
Os grupos começaram a ocupar a área central da Capital desde cedo. Por volta das 9h, os manifestantes já se concentravam. Aqueles ligados à CUT se encontraram no Largo Glênio Peres, enquanto os participantes do autoproclamado Ato Classista Independente foram à Praça Montevideo, em frente ao Paço Municipal.
A proximidade entre os movimentos chegou a gerar tensão entre os participantes dos dois atos quando o carro de som da CUT começou a funcionar, por volta das 10h. Até aquele momento, apenas as lideranças do Ato Classista estavam usando microfones.
A sobreposição de discursos tornou incompreensíveis as palavras ditas por ambos os lados, mas o impasse foi resolvido depois que uma militante do Ato Classista tomou o microfone e propôs aos líderes da CUT um acordo para que os militantes alternassem o uso dos carros de som.
Ato classista foi ao Palácio Piratini
Pouco depois, os participantes do ato contra os governos partiram em marcha em direção à Praça da Matriz, para protestar em frente ao Palácio Piratini, enquanto os manifestantes pró-governo continuaram no Largo Glênio Peres.
A caminho da sede do governo estadual, a caminhada encontrou uma marcha da Via Campesina e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que descia a Avenida Borges de Medeiros para se juntar ao ato da CUT. Os participantes das duas manifestações se saudaram.
Mais adiante, na esquina da Borges com a Rua Jerônimo Coelho, uma outra passeata – liderada por professores de núcleos independentes do Cpers-Sindicato – que vinha de um ato em frente ao prédio do Instituto de Previdência do Estado (IPE), se juntou ao Ato Classista e seguiu rumo à Praça da Matriz.
Integrantes de ocupações urbanas também se somaram ao movimento, assim como moradores da Vila Dique, na Zona Norte, que protestaram contra a falta de posto de saúde na comunidade.
Lideranças de partidos assumiram microfone
Em frente ao Piratini, os manifestantes ouviram novos discursos e entoaram palavras de ordem contra os governos Dilma, Sartori e Fortunati. Revezaram-se no microfone dirigentes sindicais, membros de coletivos e militantes de partidos políticos, como o deputado estadual Pedro Ruas, a vereadora de Porto Alegre Fernanda Melchionna, a ex-deputada Luciana Genro – todos do PSOL – e Vera Guasso e Matheus Gordo, do PSTU.
Além da cobrança de melhorias em áreas como educação, saúde e habitação, a principal bandeira dos manifestantes eram os direitos do trabalhador.
O Ato Classista foi encerrado pouco depois do meio-dia. Enquanto os manifestantes se dispersavam na saída da Praça da Matriz, outra marcha, desta vez a da CUT, que saiu do Largo Glênio Peres depois de receber a adesão de militantes do ato organizado em frente à Refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas.
Movimentos tomam o centro de Porto Alegre
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