O grupo dos “descrentes”, aqueles que se sentem decepcionados com os políticos ou a política, formam o segundo maior contingente de eleitores no Rio Grande do Sul, representando 29,5% do total, segundo a pesquisa do Instituto Pesquisas Opinião.
Nesse grupo, mais da metade (58,4%) são mulheres, com idade entre 35 e 59 anos (51,1%) e uma renda familiar de até 2 salários mínimos (55,7%).
O estudo do IPO também identificou no perfil desse eleitorado “descrente”um forte posicionamento em relação a temas sociais polêmicos.
Para combater a criminalidade, por exemplo, 76,7% desses eleitores são a favor da redução da maioridade penal e 53,2% concordam adoção da pena de morte no sistema brasileiro.
São a favor de medidas duras para um sistema que está há anos em crise. Reflexo da impotência e descrença no poder do Estado na sociedade.
Quando à distribuição geográfica desses eleitores, observa-se uma relação entre o nível de descrença e a situação econômica da região.
Por exemplo, na região de Nordeste (Caxias do Sul e entorno), onde é elevado o padrão econômico, registra-se o menor índice de “descrentes” (18%), seguido da região Noroeste (Passo Fundo e outros) com 18,1% de descrentes.
Por outro lado, o maior índice de descrentes (46,2%) está no Sudeste (Pelotas e municípios vizinhos), região economicamente deprimida, e em Porto Alegre (39,4%). Nesse caso, o percentual de descrentes na capital é maior do que no conjunto da região metropolitana (27,4%)
Segundo o pesquisador Fábio DÁvila, alto índice de desconfiança dos eleitores vem numa curva ascendente e não há sinal de mudança em 2018.
“A sede por renovação é o grande capital social de esperança dessa parcela gaúcha, que anseia por um “salvador da Pátria”, mas sabe que esse destino está longe”, diz ele. ” Enquanto a luz no fim do túnel não surge, acreditam em mostrar nas urnas a sua indignação sobre um sistema político ineficaz”.
Mulheres com mais de 35 anos são as mais decepcionadas com a política
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