Novela com final feliz

Naira Hofmeister

Em março abrem as portas dois novos estabelecimentos no Mercado Bom Fim: o George’s Pastel e o Restaurante Equilíbrio, que ocupam o espaço onde os bares Luar Luar e Escaler fizeram história e compraram muitas brigas.

Os outros 19 permissionários estão tomando a data como marco da revitalização do local. É que no projeto estão previstos um ajardinamento e melhorias na fachada do espaço. A entrada central, fechada há anos, será reaberta e decorada.

“Esse é um ponto nobre da cidade que não combina com xis e cerveja”, julga Alberto Macagnan, proprietário da confeitaria Caras Meladas. Alberto manteve a sorveteria Lamb’s durante 12 anos no antigo mercado e acompanhou a briga entre bares e SMIC. Garante que a decisão foi correta. “Depois que fecharam os bares, o movimento voltou”.

Opinião compartilhada pelos irmãos Paulo e André Sangineto, que ainda têm outro motivo para celebrar. Com a saída dos permissionários dos fundos, eles solicitaram a SMIC uma ampliação da loja. “Ficamos com uma parte do que era a antiga pastelaria”, explica André. A loja triplicou de tamanho e agora vai abrigar também um consultório veterinário.

Sem os bares, Parquinho será incorporado

O som que rolava no Escaler combinava com cerveja gelada e, em alguns casos, cigarros de maconha e outras drogas. Brigas eram freqüentes. Depois de seis anos assistindo a mesma cena dominical, Isabel Sokolnik, sócia do Parquinho da Redenção, blindou a divisória com o Mercado Bom Fim.

Mas com a promessa de revitalização, já começou a retirada da cerca e mudou até a logomarca do negócio, que diverte cerca de três mil crianças a cada final de semana. “Agora é outra proposta, são empreendimentos para atender as famílias”, comemora.

Reforma será presente de aniversário

Dois mil e oito marca os 80 anos do Mercado Bom Fim. Erguido em 1928 no terreno onde hoje é o HPS, dez anos depois, mudou-se para o espaço atual.

André e Paulo são filhos do “Seu Pedro”, que vendia hortifrutigranjeiros praticamente desde a primeira mudança do mercado, lá pelos idos de 1940. “As lojas eram geminadas e separadas apenas por uma mureta”, aponta André, que viveu toda a infância naquele ambiente. “Tinha açougue, peixaria, fiambreria e muito verdureiro”, lembra o outro irmão. Um corredor cortava todo o Mercado nos fundos das lojas.

Também não havia portas e na hora de ir embora, a família colocava uma lona por cima das mercadorias. “Com o tempo, começaram os larápios e colocamos uma gradezinha de madeira”, relembra.

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