O renascimento da arte

Helen Lopes

Depois de quase dois anos de restauração, os três quadros históricos que ornamentam o saguão do Instituto de Educação estão prestes a ser reinaugurados. As telas serão entregues no início do ano letivo.

A recuperação das pinturas gigantes – entre as cinco maiores do Brasil – está nos retoques, mas ainda faltam recursos para as molduras e para instalar iluminação adequada. Os quadros estão na escadaria do Instituto de Educação desde 1935 e, desde os anos oitenta, freqüentes tentativas de conserto foram feitas.

No dia 19 de novembro, representantes dos governos estadual e federal poderão ver em primeira mão o resultado do trabalho, que custou desde março de 2006 cerca de R$ 400 mil, financiados através das leis de incentivo à cultura.

“Precisamos da verba para concluir a recuperação e proteger as obras”, explica a presidente da Associação de Ex-alunos do colégio, Amélia Bulhões, que pretende transformar o local em uma pinacoteca e projeta para março de 2008 a inauguração oficial do espaço. Apesar de ainda não estarem totalmente prontos, os quadros já podem ser visitados pelo público, às quintas-feiras, mediante agendamento.

Debruçados sobre as telas

Seis pessoas, coordenadas pela artista plástica Leila Sudbrack, trabalharam na restauração dos quadros pintados entre 1919 e 1923 por ordem do então governador do Estado Antônio Borges de Medeiros.

A primeira pintura a sofrer intervenção dos restauradores, em março de 2006, foi A Tomada da Ponte da Azenha, de Augusto Luiz de Freitas. Apesar do péssimo estado de conservação em que se encontrava, o material de qualidade utilizado pelo gaúcho em 1922 facilitou o trabalho da equipe de Sudbrack e evitou uma intervenção radical, que alteraria suas características originais. “Graças aos conhecimentos técnicos do artista a tela sobreviveu com exemplar dignidade aos maus tratos sofridos na sua primeira fase no Brasil”, elogia o relatório.

A tela mais deteriorada era Garibaldi e a Esquadra Farroupilha, de Lucílio de Albuquerque, pois estava na parede que mais sofreu com infiltrações. A pintura do piauiense é também a mais antiga das três e data de 1919. A maior das três, A Chegada dos Casais Açorianos – que tem quase sete metros de largura – está recebendo os últimos retoques e deve estar plenamente concluída no final de novembro.

Para proteger as obras, todas as molduras ganharam um suporte metálico para que não fiquem grudadas na parede, que por ser extremamente úmida, foi uma das principais causas da deterioração ao longo dos últimos setenta anos.

*Esta reportagem é um dos destaques da edição 376 do JÁ Bom Fim/Moinhos, que já está circulando nos pontos de comércio da região central de Porto Alegre.

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