O velho Pink Floyd uniu gerações no bar Ocidente

Francisco Ribeiro (colaborou Sérgio Lagranha)
O “Projeto Pink Floyd das antigas” – reunião de músicos com o objetivo de tocar músicas da primeira fase do renomado conjunto inglês – entusiasmou o público que nesta última quinta-feira (19/12) lotou a pista do bar Ocidente, em Porto Alegre.
No repertório, clássicos – como Atom heart mother, Astronomy domine, Lucifer Sam, Bike, Interestellar overdrive, Echoes, Cymbaline, e A soucerful of secret – que fizeram a alegria da galera – várias gerações misturadas – que dançou e, principalmente, viajou ao som psicodélico e progressivo de uma das maiores bandas de todos os tempos.
Fundado há quase meio século e oficialmente extinto em 1996 – embora os membros sobreviventes da banda (David Gilmour, Roger Waters e Nick Mason) às vezes se reúnam para tocar – o Pink Floyd tem milhões de fãs pelo mundo, incluindo músicos de grande talento que sentem um grande prazer em se apresentarem como covers dos seus ídolos.
Tal é o caso dos membros do “Projeto Pink Floyd das antiga”, formado por Chico Paixão, guitarra e voz; Leonardo Boff, teclado e voz; Pedro Porto, baixo; Pedro Hahn, bateria; e Fernanda Lantz, projeções. Criado em 2004, o Projeto, segundo um dos seus idealizadores, Pedro Porto, da banda gaúcha Ultramen, passa fundamentalmente pelo conceito de uma escola de fãs: identidade, admiração, e, simplesmente, uma imensa vontade de tocar essas músicas maravilhosas, únicas.
O Projeto circunscreve um período da história do Pink Floyd: vai de 1967, ano do lançamento do álbum “The piper at the gates of dawn”, que teve a participação do guitarrista e vocalista Syd Barret; até o lançamento de “Obscured by clouds”, em 1972. Grande período lisérgico e experimental do século passado, misturando vanguardas artísticas e revolucionárias.
Trata-se de um rico legado. E foi para curti-lo que na tórrida noite de quinta-feira (19/12), cerca de 200 pessoas – a maioria tendo idade para ser neto(a) de Gilmour, Mason e Waters – lotou a pista do Ocidente para ouvir o grupo que homenageia os velhos bardos ingleses. O som era envolvente, podia-se dançar, ou balançar suavemente em músicas como “Cymbaline”: “its high time, Cymbaline, it’s high time, Cymbaline, please wake me”.
Impossível não ficar acordado com a altura dos acordes das guitarras, teclado, bateria, que dificultavam a conversa, mas aproximavam as pessoas pela cumplicidade que as unia, provocada pela qualidade das canções, das performances dos músicos. O sentimento era de lembranças que na verdade se atualizavam, pois, apesar do tempo, Pink Floyd continua soando moderno e maravilhoso como um bom Debussy psicodélico. Ou, como se diria nos longínquos anos 1970: que baita som!

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