Tocou para os trabalhadores de Charqueadas, no baixo Jacuí, a primeira paulada decorrente da Operação Lava Jato, que desvenda os contratos de serviços entre a Petrobras e as grandes empreiteiras do Brasil, no que se configura como o maior escândalo de corrupção do país.
Em Charqueadas, sede da maior penitenciária gaúcha, foi montado às pressas, com incentivo do governo gaúcho, um “polo naval” comandado pela Iesa Óleo & Gás.
A empresa foi contratada pela Petrobras para montar módulos metálicos de plataformas de exploração de petróleo em alto mar.
O contrato de R$ 1,3 bilhão justificou o investimento de R$100 milhões numa fábrica que contratou 1 mil operários.
Fora um atraso no andamento dos serviços, tudo parecia ir bem em Charqueadas.
De repente, no dia 14 de novembro, a Polícia Federal prendeu o presidente e um diretor da empresa, por envolvimento nas irregularidades investigadas na Operação Lava Jato.
A Petrobras rescindiu unilateralmente o contrato de prestação de serviços.
A Inepar, dona da Iesa, já em dificuldades, entrou com um pedido de recuperação judicial em São Paulo.
Enquanto isso, os operários ameaçados de demissão começaram uma série de manifestações.
O prefeito de Charqueadas decretou calamidade pública e a juiza do Trabalho de São Jerônimo, Lila França, convocou para 3 de dezembro uma audiência de conciliação entre a Iesa, a Petrobras e os sindicatos envolvidos nessa história que promete se estender a outros polos navais. (GH)
Operários de Charqueadas, primeiros a pagar pela Lava Jato
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Comentários
Uma resposta para “Operários de Charqueadas, primeiros a pagar pela Lava Jato”
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Culpa da Petrobras. Ela tinha de resolver esta situação!
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