O prefeito José Fogaça apresentou as possibilidades de locais para a Ospa junto ao Guaíba.
(Fotos: Carla Ruas/JÁ)
Carla Ruas
Desde que o Shopping Total foi descartado como local para nova sede da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, a Prefeitura e a Fundação Ospa (Fospa) retomaram as discussões para escolher o local.
Nesta sexta-feira, 7 de julho, o prefeito José Fogaça apresentou nove hipóteses de lugares, todas localizadas na Orla do Guaíba. As áreas próximas ao Estaleiro Só e ao Anfiteatro Pôr-do-Sol são as mais cotadas. A decisão, que deve ser divulgada em uma semana, terá como critério principal a acessibilidade ao público.
“Não pode ser um lugar elitista. Não queremos perder a identificação que a orquestra tem com o povo”, afirma o presidente da Fospa, Ivo Nesralla. Ele prefere o lugar próximo ao Anfiteatro Pôr-do-Sol, ao lado da nascente do Arroio Dilúvio. “Fica mais perto do Centro e teria espaço para um grande estacionamento para carros e ônibus”, projeta.
Fogaça entende que a Prefeitura teria dificuldades para conseguir este local, porque faz parte do parque da Harmonia. “Já tentamos instalar o Sambódromo ali e a população foi contra”, lembra. Ao lado do Estaleiro Só existem menos empecilhos porque o terreno já pertence ao governo municipal.
Durante a próxima semana a prefeitura irá realizar avaliações técnicas para verificar a viabilidade dos locais, com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Secretaria de Planejamento Municipal, Secretaria do Meio Ambiente e Escritório de Turismo.
Após a decisão, o projeto será encaminhado à Câmara de Vereadores. No dia 31 de dezembro, o prédio da avenida Independência que serve como teatro para a orquestra será entregue aos proprietários. “Ali não tem mais condições” diz Nesralla.
Shopping Total está descartado
No dia 9 de junho, ocorreu a desistência oficial da construção do novo teatro da Ospa no Shopping Total, através de um documento enviado à Procuradoria da República. “Desistimos do shopping porque fomos obrigados”, resume Nesralla.
O presidente da Associação de Moradores e Amigos do Bairro Independência (AMABI), Marcelo Ruas, comemorou a decisão e divulgou nota, classificando a decisão da Ospa como mais uma conquista da recente AMABI.
Ele diz que os motivos da desistência são as irregularidades que desde o início caracterizaram o processo de aprovação da sala sinfônica e de um prédio-estacionamento no shopping. “O Poder Público Municipal ignorou, mas o Ministério Público Federal questionou as decisões anteriormente tomadas e encaminhou para a decisão final”.
Os moradores foram contra a construção pelo impacto ambiental que o prédio de sete andares, junto à rua Gonçalo de Carvalho, e o fluxo de carros iria trazer para a via. O movimento deu origem à AMABI.
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