
Obra de Pedro Weingärtner -Paisagem/Divulgação
O Museu de Arte do Rio Grande do Sul apresenta a exposição Paisagem e Memória, com curadoria de José Francisco Alves, com abertura dia 19 de setembro de 2018, às 19h, nas galerias Iberê Camargo, Oscar Boeira e Pedro Weingärtner.
A mostra, com recorte temático no importante acervo do MARGS, tem um amplo conjunto de obras que mostram cenários rurais e urbanos, com trabalhos de 43 artistas, a maioria em pintura, mas também em gravura, desenho e fotografia. São visões diferenciadas de um dos temas mais importantes da História da Arte, a paisagem.
Paisagens de colheitas, fazendas, matas, colinas, praias, casarios e praças. Obras que evocam memórias e registros captados pelos artistas, trabalhos realizados ao ar livre, nos próprios lugares ou mesmo nos ateliês, sob esboços ou baseados em fotografias. Aspectos do campo e da cidade, a paisagem do nosso deleite e a paisagem como o lugar do trabalho duro, de memórias prazerosas ou mesmo de sofrimento; contrapontos entre o olhar bucólico – ou selvagem – e a visão do urbano.

Arte dominante
O tema consagra-se por meio da pintura de paisagem, um dos gêneros mais populares em arte. Conforme observou o britânico Kenneth Clark, em seu clássico “Paisagem na Arte” (1949), ela é entendida como a principal criação artística do Séc. XIX, ao ponto de fazer do assunto praticamente a arte dominante do período. Outro teórico da paisagem, o espanhol Javier Maderuelo, destacou em 1996 a retomada desta questão a partir dos interesses pelo meio ambiente, em fins da década de1960, incluso, com um novo tipo de arte, a land art (arte na paisagem). Nas décadas seguintes, por uma infinidade de cursos, simpósios, livros e obras de arte, a paisagem foi trazida para dentro do cubo branco, por meio de instalações.
Ainda para Maderuelo, a paisagem que nos interessa não é aquela que simplesmente se encontra à nossa frente mas, para que este lugar seja designado parte dessa categoria, é necessário que exista “um olho que contemple o conjunto e que gere um sentimento que o interprete emocionalmente”. A paisagem, portanto, não é a que está aí, diante de nós, ela “é um conceito inventado” – uma “construção cultural”. Ou seja, “não é um lugar físico, senão uma série de ideias, sensações e sentimentos que elaboramos a partir de um lugar”.*
O título da presente mostra Paisagem e Memória remete ao livro homônimo de Simon Schama (1995), o qual também reforça a ideia de que “a paisagem é obra da mente”, a qual “compõe-se tanto de camadas de lembranças quanto de estratos de rochas”, eis que “natureza e percepção humana” não são campos distintos, na verdade, são “inseparáveis”. Schama propõe um olhar para “redescobrir o que já possuímos”, uma “exploração do que ainda podemos encontrar”. De certa forma, é o que propomos com esta exposição de paisagens do acervo do MARGS, em maioria já conhecida do público frequente do museu, só que nesta mostra apresentamos as obras em comparação aos seus próprios pares.
José Francisco Alves Curador, Doutor em História da Arte, membro da AICA e ICOM*
Artistas
Ado Malagoli Angelo Guido Antônio Parreiras Araújo Porto Alegre Bustamante Sá Cândido Portinari Carlos Mancuso Carlos Petrucci Carlos Scliar Carlos Stein Dakir Parreiras Di Cavalcanti Edgar Koetz Emílio Sessa Ernst Zeuner Fayga Ostrower Francis Pelichek Francisco Rebolo Francisco Riopardense de Macedo Francisco Stockinger Frank Schaeffer Gastão Hostetter Géza Heller Glauco Rodrigues Glênio Bianchetti Guignard Hans Steiner Henri Martin Iberê Camargo João Fahrion João Faria Viana John Buxton-Knight José de Curtis José Lutzenberger Leopoldo Gotuzzo Libindo Ferrás Lucílio de Albuquerque Luiz Carlos Felizardo Maristany de Trias Oscar Boeira Pedro Weingärtner Tadashi Kaminagai Rosa Bonheur
SERVIÇO
Título: Paisagem e Memória
Curadoria: José Francisco Alves
Abertura: 19 de setembro de 2018
Visitação: de 20 de setembro a 18 de novembro de 2018
Local: Galerias Iberê Camargo, Oscar Boeira e Pedro Weingärtner do MARGS
Entrada Franca
Paisagem e Memória, na visão de 43 artistas, em exposição no Margs
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