Pedestre é atingido na cabeça por azulejos que caíram de prédio


Bombeiros retiraram as partes que estavam soltas (Fotos: Helen Lopes)

Helen Lopes

Por volta das 14h30min desta quarta-feira (31/5), um bloco de azulejos da fachada de um prédio na frente do Hospital de Pronto Socorro se descolou da sacada do quinto andar e atingiu a cabeça do funcionário dos Correios Mário André Martins, de 57 anos.

O impacto dos pedaços de cerâmica após a queda de 20 metros causou estrago – o homem sofreu um profundo corte na cabeça, caindo no chão. Manchas de sangue ainda marcavam a calçada no início da noite, quando a área ainda estava isolada.


Martins levado foi levado ao HPS onde recebeu curativos (Foto: Naira Hofmeister/JÁ)

Após ser levado ao HPS, Martins recebeu curativos e fez uma tomografia que não acusou nada grave. O estado dele é regular. No final da tarde, Martins foi encaminhado para casa. Funcionário dos Correios há quase 30 anos, ele é atendente comercial na agência Bom Fim (Venâncio Aires, 1096). Casado e pai de dois filhos, ele voltava do almoço quando aconteceu o acidente, a poucos metros do serviço.

Os colegas o descrevem como uma pessoa pacata e cuidadosa. “Nem acreditamos quando avisaram o ocorrido”, disse Claudiomiro da Silva, que trabalha com ele há dois anos. O carteiro Edison Luiz, que tem o local no seu roteiro diário, lamentou a má sorte de Martins: “Ele estava no lugar errado, na hora errada”. Também comentou que vai ficar mais atento ao passar naquele quarteirão.

A calçada da Venâncio Aires, entre a avenida Osvaldo Aranha e a rua Augusto Pestana, foi parcialmente isolada pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) até que a Secretaria Municipal de Obras e Viação (SMOV) faça um laudo da fachada do edifício. “O parecer deve sair em 24 horas” garante o arquiteto da Smov, João Nilo Schuch Júnior.

Ele diz que a medida visa garantir a segurança dos pedestres, pois pode haver risco de outras lajotas se desprenderem. Mesmo após o procedimento dos Bombeiros, que retiraram os pedaços soltos.

Encaminhada pela Brigada Militar à 10º Delegacia de Polícia para preencher uma ocorrência, a síndica do prédio, cuja entrada é na Augusto Pestana, não quis falar com a imprensa. Muito nervosa, ela repetia que não adiantava dar declarações.

Vizinhos e comerciantes da redondeza comentam que a última reforma na fachada do edifício foi feita há quase 10 anos.

Tarde perdida

O açougue e a tabacaria localizados na área isolada deixaram de atender muita gente porque os clientes não tinham como chegar até os estabelecimentos. Mesmo assim, não fecharam as portas. Há 22 anos atendendo no açougue, Flávio Couto não lembra de algo parecido. “Nunca vi um acidente desses aqui”.

Para Daniel Marisco, um dos primeiros a ver o funcionário dos Correios caído no chão, o bloco de cerâmica poderia ter atingido mais pessoas. “Essa rua é muito movimentada. Graças a Deus só uma pessoa ficou ferida”.

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