FRANCISCO RIBEIRO
Uma pesquisa feita pelo Instituto de Pequisas de Opinião em março deste ano identifica seis tipos no universo de eleitores do Rio Grande do Sul: os esperançosos, os descrentes, os práticos, os ideológicos, os de última hora e os que votam em benefício próprio.
Os pesquisadores do IPO fizeram 1.500 entrevistas em 41 cidades, em sete regiões abrangendo todo o Estado. Ouviram pessoas com mais de 16 anos numa amostragem representativa da população gaúcha, levando em conta as cotas de genero, faixa etária e nível de renda.
As entrevistas foram feitas nas casas e em pontos de fluxo de pessoas. A margem de erro é de 3% e o nível de confiança é de 95%.

Esperançoso (37,8%):
A principal característica deste eleitor é acreditar mais nas pessoas do que nos partidos. Por isso a fidelidade depende do grau de frustração, não tendo problemas para, na próxima eleição, trocar de candidato.
A região Noroeste (Passo Fundo e outras) é a que apresenta o maior índice deste grupo, 54,8 %. Porto Alegre o menor, 25%.
Descrente (29,5%)
Neste eleitor, o ceticismo é a regra, pois, geralmente, não acredita na política e muito menos em políticos. Vota nulo ou em branco, ou simplesmente não comparece no dia da eleição, justificando-se, ou pagando multa, depois.
A região Sudeste – Pelotas e outras – detém o maior índice desse grupo, 46, 2%; e a Nordeste, que tem Caxias como polo principal, a menor, 18%.
Prático (11,5%)
Tipo racional, mas não engajado. Visão pragmática da conjuntura, percebe o mundo como um balcão de negócios, o que vale é a relação custo-benefício. Vota no candidato cujas propostas, pelo menos parte delas, sejam viáveis. Ou in extremis, na candidatura que ofereça menor risco de desestabilização da economia. A região Nordeste – Caxias e outras – apresenta o maior índice, 16, 7% desse grupo de eleitores, e a Sudoeste – Uruguaiana e outras –, o menor.
Ideológico (10,4%)
Esquerda, direita, centro, alternativo. Não importa. O que vale para este tipo de eleitor é a tomada de posição. Trata-se, em termos de eleitorado, de uma elite que vota por ideais, defesas de causas ou de minorias. A região Centro Ocidental – Santa Maria e outras – tem o maior índice, 18,4%; e a Sudeste o menor, 6,2%.
Eleitor de última hora (9,2%)
Estes merecem atenção dos cabos eleitorais, principalmente no dia da eleição. Não chega a ser um descrente, mas comporta-se como um alienado funcional em termos de escolhas, principalmente no que tange os candidatos legislativos – federais ou estaduais -, fazendo a escolha através de um santinho que pegou no chão perto do local em que irá votar. São aqueles que não lembram em quem votaram. A região Metropolitana – Canoas e outras – congrega o maior índice desse grupo, 18,1%. Na região de Santa Cruz , o menor: 1,8%.
Vota em benefício próprio (1,7%)
É o eleitor pragmático de varejo. Fica atento aos candidatos que prometem resolver um problema específico. Trata-se do típico eleitor clientelista. E o fato do percentual desse grupo ser pequeno, apenas 1,7%, deve-se, em boa parte, ao medo da exposição. Afinal, o voto é secreto. A região Metropolitana concentra o maior índice desse grupo, 4%. E, cabe salientar, nas regiões Centro Oriental e Sudeste não houve incidência desse tipo de eleitor.
Perfil econômico
A análise do perfil econômico também revela dados bastante interessantes, principalmente se confrontados entre os seis grupos de eleitores. Fica entre os esperançosos, os maiores índices de jovens, de nível de educação formal, e de renda. Os que votam em benefício próprio perdem em todos os quesitos para os demais grupos de eleitores.
Outro dado levantado pela pesquisa se refere a atuação do eleitorado gaúcho nas redes sociais. Levantou-se que 96,1% tem acesso à Internet.
Destes, 84,5% participam de redes sociais, sendo que 37, 3 % no facebook. Também que 35,1 % utiliza o aplicativo WhatsApp para troca de mensagens.
As mulheres são as mais conectadas as redes, 87, 8 % contra 80 % dos homens. E, claro, está entre os jovens na faixa etária entre 16 e 24 anos o maior contingente de conectados, 98,2 %.
Pesquisa mostra como o eleitor gaúcho decide seu voto
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