Causaram impactos nas ruas do centro de Porto Alegre, os cartazes colados no chão e as 3.945 cruzes brancas espalhadas na manhã desta quinta-feira (8).
Eram policiais da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, nas ruas do Centro de Porto Alegre, foram para lembrar o número de mortes violentas no Estado desde o início do governo Sartori, até junho. Nesse ritmo, os policiais estimam cinco mil até o final do ano.
O ato começou às 9h30 na Esquina Democrática e, a partir dali, começaram a ser espalhadas as cruzes brancas, até chegar à porta do Palácio Piratini. Panfletos distribuídos para a população explicavam as razões dos trabalhadores e a crise na Segurança Pública no Estado, resultado de cortes de investimentos recente e falta de pessoal crônica.
“Corte de investimentos, a não contratação de servidores e a falta de política de segurança, causaram esse verdadeiro caos de violência”, explicavam.
Durante a manifestação, pessoas que passavam demonstravam apoio e solidariedade aos policiais.
No caminho, encontraram-se com os manifestantes pedindo solução para a ocupação Lanceiros Negros, no centro, porque não conseguem diálogo com o governo. Para os policiais, criança sem moradia e violência urbana segurança pública são sintomas do mesmo problema.
No final do trajeto, pontuado pelas cruzes brancas, chegaram à frente ao Palácio Piratini, entre a Assembleia Legislativa e o Palácio da Justiça. Com isso, os policiais queriam mostrar a responsabilidade do governador Sartori e cobrar dos outros poderes uma atitude mais contundente em relação à política pública para segurança de resultados desastrosos do governo do Estado.
Para encerrar o ato, foram soltos 3.945 balões brancos e pretos, também simbolizando as vidas perdidas para a violência durante o governo Sartori.
“O simbolismo do ato é para mostrar à população o que está acontecendo. Não precisa, a população já sabe, mas quem tem que ser alertado é o governador do Estado e sua base aliada, que parece não terem acordado ainda. São 3.945 mortes até junho de 2016”, disse o presidente da UGEIRM/Sindicato, Isaac Ortiz.
Segundo Ortiz, computando-se os dados de julho, agosto e setembro até agora, o número de assassinatos já passa dos 4 mil. “Vamos chegar a 5 mil brincando até o final do ano”, calcula. “Não adianta nada chamar a Força Nacional, e ele não tira esse decreto que colocou em 2 de janeiro de 2015, que contingenciou todo o trabalho da segurança pública e de outras áreas também”.
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Policiais vão às ruas denunciar a violência
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