Prefeito de Osório pega abacaxi no litoral norte

Romildo Bolzan Júnior (PDT), assumiu a presidência da Associação dos Municípios do Litoral Norte do Rio Grande do Sul (Amlinorte) (Foto: Arquivo JÁ Editores)

Geraldo Hasse, especial para o JÁ

O prefeito de Osório, Romildo Bolzan Júnior (PDT), assumiu na segunda-feira, 8 de janeiro, a presidência da Associação dos Municípios do Litoral Norte do Rio Grande do Sul (Amlinorte), entidade formada por 24 municípios e que, aos três anos, enfrenta uma crise administrativa em conseqüência da descoberta de falcatruas com recursos destinados à saúde pública.

Na cerimônia de posse, diante de vários prefeitos e representantes de prefeituras, Bolzan disse que nos próximos dias será preciso tomar “medidas duras e difíceis” para “restaurar a credibilidade” da entidade fundada em 2003. “É mais do que um abacaxi, é caso de polícia”, disse ele a pessoas que foram lhe oferecer apoio.

O rombo financeiro de R$ 400 mil está sendo investigado pela Polícia Civil a pedido do Ministério Público. Alguns dos prefeitos envolvidos no assunto falam em resolver o problema na base da “irmandade”, pois o assunto envolve  disputas partidárias. No fundo, o que está em jogo é o mando político na região, que se divide basicamente entre o PMDB e o PDT.

No litoral norte pontifica o deputado federal Eliseu Padilha, ex-prefeito de Tramandaí. Dissidente do ex-governador Germano Rigotto dentro do PMDB, Padilha ajudou a eleger a tucana Yeda Crusius para o governo gaúcho. Seu principal aliado na região é o deputado estadual Alceu Moreira, ex-prefeito de Osório, que sonha ser presidente da Assembléia Legislativa este ano.

Prefeito de Osório pela segunda vez, Bolzan encara a Amlinorte como um bom canal para aumentar a visibilidade na disputa política no litoral norte e no Estado. No discurso de posse, sem citar nomes, ele disse que “a omissão do governo do estado no litoral é um exemplo claro de falta de planejamento”.

Uma das lideranças emergentes do PDT gaúcho, Bolzan está convencido de que a complexidade da administração dos problemas públicos vai obrigar os municípios a agir cada vez mais em bloco — por bacia hidrográfica ou região geoeconômica.

Nesse contexto, a Amlinorte pode ser um abacaxi no começo. Sem a casca, pode virar várias outras coisas: suco, refresco, compota, geléia ou caipirinha.

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