Prefeitura inaugura barreira para conter o lixo do Arroio Dilúvio

O prefeito José Fortunati inaugurou nesta segunda-feira a ecobarreira do Arroio Dilúvio. A iniciativa visa impedir que o lixo jogado no arroio chegue até o Guaíba. A contenção foi instalada no trecho entre a avenida Borges de Medeiros e a Beira Rio, próximo à foz do arroio.
Fortunati garantiu elogiou o projeto “inovador, que pode servir de referência para o mundo” e garantiu que “a prefeitura não vai gastar nem um centavo.”
A inauguração contou com representantes da empresa e de secretarias municipais. Na ocasião, foi feita uma pequena demonstração de como o lixo será retirado da água, através de uma gaiola puxada por motor, mas não foi realizado o procedimento completo.
A iniciativa partiu da empresa Safeweb Segurança da Informação Ltda, que custeou a implantação, no valor de R$ 250 mil, e será responsável pela operação.  A estimativa da empresa é de um custo mensal de R$ 15 mil, o que inclui a manutenção do equipamento, um operador, que vai fazer a máquina funcionar e ensacar o lixo e um segurança, para cuidar do equipamento à noite.
Uma barreira flutuante foi instalada ao longo da largura do arroio. O resíduo fica preso na barreira, é suspenso por meio de uma gaiola e dispensado em uma plataforma. Ali, o funcionário contratado pela empresa ensaca o lixo que fica disposto em uma plataforma no nível da calçada. A parte da prefeitura é o recolhimento, que será realizado pelo Dmlu.
A barreira contem o lixo da superfície e até 20cm de profundidade. O lixo que não couber na gaiola, como peças de mobiliário que muitas vezes são vistas boiando no arroio, deve ser recolhido manualmente.
“Nós estamos trabalhando no lixo flutuante. As garrafas vem flutuando porque estão vazias e fechadas, no momento em que vier um garrafa cheia, ela vai afundar e passar por baixo, isso é inevitável”, explica o vice-presidente da Safeweb, Luiz Carlos Zancanella Júnior.
O contrato prevê a operação do sistema durante cinco anos, sendo o primeiro ano uma fase de teste.

Lixo acumulado desde a última quinta-feira / JÁ
Lixo acumulado desde a última quinta-feira / JÁ

Projeto foi desenvolvido por empresa de informática
A ideia partiu de Luiz Carlos, a partir de uma iniciativa semelhante na cidade de Maltimore, nos Estados Unidos. A diferença é que neste outro modelo, o lixo é recolhido através de uma esteira, fazendo recolhimento constantemente e dispensando a necessidade de operador. Segundo o idealizador da ecobarreira do Dilúvio, a substituição da gaiola por uma esteira deve ser o próximo passo. “Estou chamando de ecobarreira 2.0”, explica Luiz Carlos.
O projeto não tem muito a ver com a área de atuação da empresa, que desde 1995 trabalha com a área de informática, mais especificamente segurança da informação, e tem todo o custo pago pela própria Safeweb. “É um trabalho 100% pensando na cidade, não tem objetivo de trazer lucro”, afirma o vice-presidente da empresa, Luiz Carlos Zancanella Junior.
Trata-se de um projeto piloto. Se der certo, a empresa pretende oferecer para outras cidades. Mas Zancanella explica que a ideia não é vender o projeto, mas oferecê-lo sempre em forma de doação.
“Parece meio romântico, mas é verdade. A gente só quer ajudar a cidade”, garante o vice-presidente e diretor de TI da empresa. Ele explica que se trata de um negócio familiar, o dono e presidente é seu pai e outros parentes compõe a equipe.
Na inauguração, funcionários da Cootravipa dão uma "mãozinha", recolhendo manualmente parte do lixo / JÁ
Na inauguração, funcionários da Cootravipa dão uma “mãozinha”, recolhendo manualmente parte do lixo / JÁ

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