Presídio Central será assinalado como local de tortura

Mais uma placa do projeto Marcas da Memória, iniciativa do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, será inaugurada nesta sexta-feira em Porto Alegre. Desta vez, no Presídio Central.
O dia 12 de agosto foi escolhido por ser o Dia Nacional dos Direitos Humanos, como explica o presidente do movimento, advogado Jair Krischke.
A cerimônia será às 14h30, na calçada em frente ao presídio (Av. Rocio, 1.100), onde haverá o descerramento da placa que assinalará o local que serviu de prisão aos que se rebelaram contra a ditadura.
A placa terá o seguinte texto:
MARCAS DA MEMÓRIA
PRESÍDIO CENTRAL – PORTO ALEGRE
Cerca de 90 presos políticos, inclusive os transferidos da “Ilha presídio”, foram encarcerados pela ditadura neste Presídio Central. Na cela 38, em 22/4/1970, morreu o motorista de táxi e militante do Grupo – M3G, Ângelo Cardoso da Silva. Dado como suicida, foi apresentado pendurado por um lençol no pescoço na altura de apenas 1,30m. Seus pés estavam no chão.
O Projeto Marcas da Memória é dedicado a formar a denominada cultura material de desvendamento da repressão, assinalando, na paisagem urbana de Porto Alegre, locais que tenham servido como prisões ou centros de detenção, de tortura e de desaparecimento de pessoas, tornando público que ali aconteceram graves violações aos direitos humanos.
O papel na Prefeitura, no projeto, é instalar as placas. Outras seis placas já estão nos seguintes locais:

1- Praça Raul Pilla, local do antigo Quartel da Polícia do Exército;
2- Calçada em frente ao Colégio Paulo da Gama, que serviu como presídio militar;
3- Calçada em frente ao Palácio da Polícia, onde presos políticos foram torturados durante o regime militar e, no segundo andar, houve tortura e homicídios nas salas onde funcionaram o Departamento de Ordem Política e Social (Dops/RS);
4- Rua Santo Antônio, 600, onde funcionou o chamado Dopinho, primeiro centro clandestino de detenção do Cone Sul;
5- Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase), onde foram detidos mais de 300 presos políticos durante o período da ditadura;
6- Calçada na avenida Bento Gonçalves, onde funcionava o 18o Regimento de Infantaria.

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