HIGINO BARROS
Os professores da rede pública estadual vão entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 15.
Essa foi a decisão tomada nessa quarta-feira por cerca de dois mil professores e funcionários de escolas, na Assembleia Geral promovida pelo Cpers/Sindicato, no Gigantinho.
A data coincide com a Greve Geral, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (GNTE) para protestar contra as Reformas da Previdência, do Ensino Médio e das Leis Trabalhista, promovidas pelo governo Temer.
A pauta dos professores gaúchos inclui também reivindicações regionais como pagamento do piso salarial nacional, pagamento integral do 13º salário, contra o parcelamento e arrocho salarial, pela manutenção do IPE Público e pela manutenção dos direitos do trabalhadores.
Vanguarda do movimento
Os professores que foram ao Gigantinho, considerados como a vanguarda dos grevistas, terão agora até o dia 15 para aumentar a adesão da categoria à paralisação, já que as recentes greves dos professores tem contado com baixa adesão de professores e funcionários.

No conjunto de propostas aprovadas na Assembleia Geral há atividades dirigidas contra os deputados estaduais e federais que votarão projetos de interesse dos professores e funcionalismo público em geral. Assim, haverá concentrações e acampamentos em frente à residências dos deputados, confecção de cartazes com o rostos dos políticos que apoiam as propostas governistas e pressão política em suas bases eleitorais.
Propostas aprovadas:
- Aderir a Greve Nacional, chamada pela CNTE, a partir do dia 15 de março, com os seguintes eixos: Contra a Reforma da Previdência, Contra a Reforma Trabalhista, Contra a Reforma do Ensino Médio, Pelo Cumprimento da Lei do Piso Salarial Nacional, Contra os Ataques do Governo Sartori e a Retirada de Direitos, Pelo Pagamento Integral do 13º Salário, Contra o Parcelamento e Arrocho Salarial, Pela Manutenção do IPE Público e de Qualidade e Pela Manutenção dos Direitos dos/as Trabalhadores/as;
- Realizar Ato Estadual / Regional com ações fortes, no dia 15 de março;
- Realizar atividades regionais:
3.1. Escrachos e acampamentos em frente as residências dos/as deputados/as;
3.2. Fazer cartazes com os rostos dos/as deputados/as que apoiam as políticas de Temer e Sartori para retirar os direitos dos/as trabalhadores/as;
3.3. Realizar panfletagem na comunidade;
3.4. Realizar plenárias nas Escolas com a presença da comunidade;
3.5. Realizar vigília e paralisações nos dias de votação do pacote de ataques do Governo Sartori.
- Participar dos Comitês Municipais contra a Reforma da Previdência Social;
4.1. Criar Comitês de Base, nas escolas, Contra as Reformas que Retiram Direitos.
- Gravar pen-drives com as opiniões dos/as deputados/as de cada região sobre a Reforma da Previdência;
- Realizar Seminário sobre a Reforma do Ensino Médio;
- Realizar Moção de Repúdio Contra a Reforma da Previdência, nas Câmaras de Vereadores;
- Realizar Ato Estadual, no dia 15/03 pela manhã, em frente a Escola de Ensino Médio Presidente Costa e Silva (Bairro Medianeira), como símbolo da perseguição que está ocorrendo nas escolas de todo o Estado;
- Unificar a luta com os demais sindicatos de trabalhadores/as e demais movimentos, criando comitês municipais e nos bairros contra as reformas neoliberais e demais ataques dos governos federal e estadual;
- Moção de Repúdio à Direção da Escola de Ensino Médio Presidente Costa e Silva e à 1ª CRE por perseguir o educador José Morais pelo fato de alterar o nome da escola ,no cabeçalho das avaliações aplicadas em suas turmas, definindo Costa e Silva como Ditador.

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