GERALDO HASSE
Oito meses após a publicação do edital,, o CNPq divulgou nesta sexta (24) a lista de oito pesquisadores brasileiros beneficiados com um total de R$ 2,8 milhões para pesquisas sobre apicultura, especialmente abelhas nativas, sobre as quais há escassos conhecimentos.
Embora o Rio Grande do Sul seja o estado que mais produz mel, nenhum gaúcho foi contemplado.
Os recursos serão fornecidos principalmente (R$ 1,9 milhões) pela Associação Brasileira de Estudos das Abelhas – ABELHA, entidade vinculada ao Sindicato da Indústria de Defensivos Vegetais (Sindiveg) e à Embrapa. Os R$ 900 mil restantes vêm de três órgãos públicos.
Os pesquisadores contemplados devem seguir cinco linhas de pesquisas com o objetivo de gerar informações sobre a realidade apícola brasileira, especialmente sobre as abelhas nativas, como a jataí e outras, que vêm despertando interesse pela singularidade do seus méis e seu papel na polinização da flora. Na Fepagro, extinta pelo governador José Ivo Sartori em 2017, apenas a pesquisadora Sidia Witter estudava algumas das 24 espécies de abelhas sem ferrão existentes no Estado, onde a maior referência no assunto é a bióloga Betina Blochtein, da PUC.
Uma das linhas de pesquisa pretende “avaliar a ecotoxicidade de agrotóxicos para espécies nativas selecionadas”, visando “a adoção de um modelo local de avaliação de risco ambiental de produtos químicos ou biológicos”.
Além disso, os pesquisadores foram desafiados a “gerar conhecimentos sobre patógenos e parasitas que atacam as colmeias, bem como gerar manuais de boas práticas agrícolas e apícolas”.
Foram selecionados os seguintes pesquisadores:
Airton Torres Carvalho, da UFRPE
Eduardo Andrade Botelho de Almeida, da USP
Osmar Malaspina, da UNESP
Felipe Andres Leon Contrera, da UFPA
Carmen Silvia Soares Pires, da EMBRAPA Rec. Genéticos
Marcia Motta Maues, da EMBRAPA Amazônia Oriental
Maria Cristina Gaglianone, UENF, Campos RJ
Marina Wolowski Torres, UNIFAL, de Alfenas, no Sul de Minas
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