Sartori e o desafio que já derrubou oito governadores

Jair Soares, Pedro Simon, Alceu Collares, Antonio Britto, Olivio Dutra, Germano Rigotto, Yeda Crusius e Tarso Genro.
Oito governadores desde que voltou a eleição direta, em 1982.
O que há de comum entre eles?
Nenhum conseguiu fazer o sucessor ou se reeleger.
Pode-se dizer: nenhum conseguiu apresentar um programa que convencesse o eleitorado a dar-lhe mais do que quatro anos.
Explicações há. A mais corrente recorre a determinações histórico-sociológicas, de onde viria um irredentismo, um oposicionismo sem causa dos gaúchos.
Na verdade, o que há de concreto, o que tem sido determinante nos rumos de todos e cada um desses governos é o desequilíbrio das contas estaduais.
É um mal antigo, vem de antes dos governadores nomeados, agravou-se com a continuidade dos governos arenistas.
Em 1977, o professor  Jorge Babot Miranda, ao assumir como secretário da Fazenda do governo Amaral de Souza, o último do ciclo militar, fez o primeiro alerta.
Preocupado, o secretário saiu do usual daqueles tempos e convocou uma entrevista coletiva para denunciar:
Estado acumulava um déficit crônico, que vinha sendo coberto com dívidas que se tornariam impagáveis.
“O Rio Grande do Sul ficará ingovernável se nada for feito”.declarou com todas as letras.
No final, talvez para amenizar o tom dramático de seu alerta, o professor Babot fez uma brincadeira: “A situação só não é pior do que a do Grêmio”, numa alusão à crise financeira do clube de futebol, que estava nas manchetes daqueles dias.
Foi o que bastou para futebolizar o assunto e fazer com que o secretário se arrependesse de suas declarações, que se revelaram proféticas.
Desde então, esse tem sido o desafio que todos os governadores do Rio Grande do Sul tentaram enfrentar, sem sucesso.

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