(continuação)
O primeiro governador eleito, em 1982, no Rio Grande do Sul foi de certa forma uma continuidade ao ciclo de quatro nomeados pelo poder militar: Peracchi Barcellos, Euclides Triches, Sinval Guazzelli, Amaral de Souza.
Jair Soares era do partido do governo, era ministro da Saúde do último general presidente, João Figueiredo, saiu do ministério para disputar o governo estadual.
Ganhou uma eleição que até hoje suscita dúvidas, derrotando Pedro Simon por 11 mil votos.
Ele recebeu uma situação já deteriorada, com financiamentos desviados de sua finalidade e uma situação calamitosa nas principais estatais. Deu continuidade às práticas dos governos aliados: apostou no aconchego da viúva.
Só que havia uma crise internacional, a economia brasileira patinava, com inflação. desvalorização cambial, queda no PIB e, por decorrência, nos impostos. E o governo militar já batia em retirada, ante as mobilizações e as diretas Já.
Quando foram divulgados os números do Tribunal de Contas do Estado sobre o ano de 1985, o terceiro ano do governo Jair Soares, o Rio Grande do Sul foi manchete no Jornal Nacional: apresentava o maior déficit e a maior dívida entre os Estados. Isso apesar da arrecadação de ICMS ter crescido 17%.
O Estado arrecadou 9 bilhões, gastou 14 bilhões, teve um déficit de 5 bilhões. Segundo a Gazeta Mercantil, era cinco vezes o déficit do Rio de Janeiro, seis vezes o da administração baiana e dez vezes o déficit de São Paulo.
A dívida se elevara a 1,6 trilhões de cruzeiros, a moeda da época.
Sartori e o desafio que já derrubou oito governadores (2)
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