Sem candidato do PT, primeiro debate ficou entre Ciro e Alkmin

Pela primeira vez os candidatos à presidência da República nas eleições de outubro estiveram frente a frente no debate da TV Bandeirante que terminou na madrugada desta sexta feira. Lula o candidato do PT está preso e seu porta-voz, Fernando Haddad não foi aceito.pelos organizadores do debate.
O formato do programa com algumas inovações ajudou no andamento do debate, que não chegou a trazer novidades, mas teve bons momentos e permitiu ver quais vão ser os embates durante a campanha e os argumentos básicos que cada vai repetir à exaustão.
Ciro Gomes e Geraldo Alkmin foram os mais consistentes. Guilherme Boulos tem um discurso claro articulado, vai crescer talvez até surpreendentemente.Bolsonaro foi apagado, Meirelles quase caricato e Marina Silva inexpressiva. Alvaro Dias fala em refundar a República, mas não consegue explicar e o Cabo Daciolo é um fanático.
Um resumo parcial do que se viu:
Alkmin começou dizendo que o essencial é fazer o Brasil crescer e citou alguns itens de sua receita: abrir a economia, ampliar acordos comerciais, reduzir custo Brasil. Crescer para poder investir mais desde a educação básica até a pesquisa.  
Marina Silva declarou-se chocada com a violência contra as mulheres e emendou com a questão do emprego, que requer investimento público. “Eu sei o que é não ter emprego”.
Bolsonaro invocou seus 40 anos no serviço público, sendo 16 no exército. Suas providências para mudar o Brasil, se eleito.começam por “abrir o comércio, com todo o mundo e agregar valor aos produtos exportados. Para chegar a isso a economia precisa ser desburocratizada, desregulamentada. Quanto ao desemprego: é alto, o salário é pouco, mas tem muito o que fazer. O trabalhador tem que entender que mais direitos e mais empregos nem sempre combinam, às vezes para ter mais empregos tem que aceitar menos direitos.
Boulos lembrou “que Lula está numa cela em Curitiba enquanto Temer está em Brasilia” e que sua primeira medida será, se eleito, revogar as medidas que esse governo tomou: a reforma trabalhista, os cortes no orçamento. Com apoio de um movimento Levanta Brasil vai fazer uma reforma tributária, para desonerar o trabalhador e a classe média e taxar os ricos. “Nesse país carro paga imposto, paga pedágio. Helicóptero e jatinho não pagam”.
Meirelles começou com um boa noite “aos que estão nos ouvindo” e fez questão de se apresentar dizendo que vem do “setor privado”, foi presidente de uma “organização internacional”, todavia tem serviços prestados ao público, como presidente do Banco Central e ministro de uma fase em que foram criados 10 milhões de empregos e, agora, novamente como ministro “tiramos o Brasil da maior recessão de sua história”. Ele sabe o caminho do crescimento.
Ciro disse que sua meta é criar dois milhões de emprego no primeiro anos, porque o emprego é um dos motores do desenvolvimento. Para destravar, vai reduzir o endividamento das familias. “São 63 milhões de brasileiros que estão no SPC”. Seu governo vai ajudar a pagar. Vai ajudar também a aliviar o setor empresarial que deve R$ 2 bilhões. Como? Vai apertar o cartel dos bancos, para que reduzam taxas, ampliem prazos. Sua assessoria levantou que há 7.500 obras públicas paradas no Brasil, ele promete fazê-las andar, assim que remover os entraves burocráticos.
O Cabo Daciolo dirigiu-se à Nação Brasileira na condição de “militar bombeiro e servo de um Deus vivo”. Disse que “acabou, soou a hora” e ele é o enviado para transformar o Brasil no maior país do mundo. Reconheceu que sua candidatura ainda é desconhecida e pediu ao Institutos de Pesquisa que incluam seu nome na próxima, “nem que seja para dar zero”.
A primeira pergunta foi de Boulos para Bolsonaro e ele foi direto: “Bolsonaro, que você é machista, homofóbico, que fez da política uma fonte de negócio para você e seus filhos, isso todo mundo sabe. Mas o que não se sabe é quem é a Val…quem é a Val”.
Bolsonaro acusou o golpe: “Pensei que vinha aqui discutir questões nacionais…” Mas explicou: “A Valderez é uma funcionária, disseram que é funcionária fantasma. O Janot já me absolveu… Os filhos eu indico e se elegem, vou fazer o quê? Pior é invadir propriedade dos outros com um bando de desocupados”.
Na réplica Boulos seguiu: “Valderez era funcionária fantasma do gabinete dele, ela e o marido cuidam dos cachorros dele em Angra dos Reis e quem paga é a Câmara, que paga também o auxilio moradia, mesmo ele tendo apartamento em Brasilia. Aprovou dois projetos e tem cinco imóveis. Você não tem vergonha? Isso é imoral.
Bolsonaro não tinha direito a resposta, mas retrucou: “Imoral é você debater com um cidadão desqualificado”.
A pergunta passou para Ciro que escolheu Alkmin para responder sobre a reforma trabalhista que agravou a situação do desemprego. Alkmin em tom de pregador explicou ao “conterrâneo” que o essencial é emprego e renda e que a tecnologia hoje permite produzir mais com menos gente e que a reforma trouxe uma legislaçao moderna. Imagine o Brasil tinha 17 mil sindicatos! Cinco mil eram patronais! Eram cartórios…E esfregando as mãos: “A reforma trabalhista era necessária”.
Ciro replicou lembrando que a Alemanha uma das economias mais poderosas combina crescimento com altos salário e que no Brasil a reforma aviltou os salários que já são menores do que na China.
 

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