Esta sexta-feira de protestos e paralisações nas capitais contra o governo Temer foi marcada também por troca de acusações nas redes sociais entre o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre e o prefeito Nelson Marchezan Júnior. O motivo foi a informação que começou a circular no meio da semana sobre o fechamento de onze leitos do Hospital de Pronto Socorro (HPS).
Ontem, dia 28, o Simpa publicou uma denúncia: “Conforme relatos de servidores, o governo Marchezan está dando fim à enfermaria de traumatologia do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre. São 11 leitos masculinos que serão desativados hoje, 28-06-2017. Pasmem, Marchezan desrespeita os direitos das mulheres, violando o direito de privacidade. Serão misturados pacientes masculinos e femininos aos 10 leitos que restam na unidade, tudo na ala feminina. É um absurdo atacar o SUS.” Leia o texto na íntegra aqui.
O prefeito Marchezan respondeu hoje na sua conta no Facebook:
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“A enfermaria de traumatologia do Hospital de Pronto Socorro NÃO ESTÁ FECHANDO LEITOS. O boato irresponsável criado pelo Sindicato dos Municipários de Porto Alegre(SIMPA), põe em risco a população, que neste período busca atendimento, pois a informação falsa pode causar uma busca muito maior pelas urgências e emergências dos hospitais.”

O Sindicato retrucou pouco tempo depois:
Marchezan Júnior usou suas redes sociais para falar que os fechamentos de leitos no HPS são boatos. Mais uma prova que de que não tem vergonha nenhuma em mentir para população. Segundo servidores do HPS, o fechamento de 21 leitos foram confirmados: 11 na traumatologia, 2 na UTI e o resto dividido nas outras unidades. Fora isso, o caos no atendimento se intensifica com apenas DOIS funcionários(as) para cerca de 40 pacientes. Prefeito, mentira ? tem perna curta.

Desde quarta-feira, a Associação dos Servidores do HPS vinha denunciando o fechamento de leitos. O presidente da entidade, Everaldo Nunes, disse que seriam fechados onze leitos da enfermaria do segundo andar, que tem ao todo 21. O motivo seria a falta de funcionários.
“Os pacientes terão que ficar na emergência, que já está lotada e vai ficar superlotada. Vai gerar reflexos no atendimento e prejudicar a população”, afirmou.
Segundo Nunes, há mais de um mês, a UTI também perdeu dois leitos. Pelas estimativas da associação, o HPS tem hoje carência de cerca de 200 profissionais, entre técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos.
A direção do hospital informou que somente a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde poderia fornecer informações. Em relação à falta de funcionários, a assessoria da SMS explicou que há pessoas com tempo de serviço para se aposentar, que, sem conseguir o benefício, impedem a liberação de vagas para novas contratações.
A assessoria informou que desde o início do ano, a Prefeitura conseguiu autorização para contratação de 224 profissionais da saúde, sendo 112 municipários e 112 celetistas, através do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (IMESF). Desses, a metade já está trabalhando nas unidades de saúdes.
Sindicato denuncia fechamento de leitos no HPS. Prefeito nega
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