Sindicato dos jornalistas repudia nova ação truculenta da Brigada Militar contra a imprensa

Em nota, o Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul denuncia mais uma ação da Brigada Militar contra profissionais da imprensa. O abuso dos PMs ocorreu ao final do ato em que manifestantes protestaram nesta terça-feira, 12/09, contra o fechamento de uma exposição no Santander Cultural, no Centro de Porto Alegre.
Veja a íntegra do texto:
Numa época de desrespeito à diversidade e radicalismo crescente, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (SINDJORS) lamenta profundamente que, além do cenário difícil que já vivemos, sua categoria seja, mais uma vez, um dos alvos da violência desmedida da Brigada Militar.
No fim da tarde dessa terça-feira, dia 12, durante manifestação contra a censura à exposição Queermuseu, encerrada precocemente pelo Santander Cultural após sofrer ataques, a jornalista de Zero Hora Isadora Neumann foi atingida por gás de spray de pimenta enquanto registrava a ação da polícia, que interveio e, inclusive, prendeu duas pessoas, uma delas Douglas Freitas, que fazia imagens do protesto e foi liberado no mesmo dia.
Esta ação truculenta soma-se a outra recente, a prisão do jornalista do Jornal Já Matheus Chaparini, que foi levado até mesmo ao Presídio Central por estar exercendo o seu trabalho. Tudo isso com consentimento do governador José Ivo Sartori, que em nenhum momento se retratou pelo comportamento injustificável de sua tropa. O Sindicato espera que o Estado não se cale mais uma vez, prosseguindo sua política permissiva a atos que remontam à época ditatorial.
Avizinha-se um futuro com feições cada vez mais assustadoras e o SINDJORS teme não apenas pelos seus profissionais, mas pela sociedade de modo geral. Causa espanto qualquer apoio dado a ações policiais que ferem gravemente a liberdade de imprensa. É preciso olhar para o passado e não repetir os mesmos erros. Não há democracia sem imprensa livre.
Já o jornal Zero Hora publicou um vídeo em que é registrada a agressão contra Isadora e a detenção de Douglas e de um morador de rua, que teria atirado pedra nos policiais. Douglas e o morador de rua tiveram que assinar um termo circunstanciado para serem liberados, pouco depois das 20h. O repórter fotográfico foi acusado de desobediência civil.
 

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