Dia da Mulher começa com marcha até o centro de Porto Alegre

As manifestações que vão marcar o Dia Internacional da Mulher, neste 8 de março, em Porto Alegre começam às 5h30, quando diversos movimentos fazem uma acolhida à marcha da Via Campesina na entrada da cidade, sobre a Ponte do Guaiba.
Depois, uma  grande marcha vai tomar o centro da cidade.
O movimento, que está sendo chamado de 8M, reúne diversos coletivos, movimentos e centrais sindicais e integra uma mobilização internacional. O objetivo é construir uma greve internacional, um dia sem mulheres. Ou seja, que as mulheres trabalhadoras cruzem os braços tanto em relação ao trabalho, de qualquer natureza, formal ou doméstico.
É um 8 de março classista, focado na mulher trabalhadora, segundo os organizadores. “Se nossas vidas não importam, que produzam sem nós” é o tema deste ano. O ato é uma forma de crítica ao caráter despolitizado que a data vem tomando nos últimos anos.
“Não nos levem flores, vamos parar” é o título de um dos artigos publicados no site do 8M Brasil.
A mobilização se concentra em duas pautas principais: o combate a todas as formas de violência contra a mulher e a luta contra a reforma da Previdência. Segundo a Organização das Nações Unidas, o Brasil tem o quinto maior número de feminicídios do mundo.
Outro dado chocante em relação à violência contra mulher é que a cada onze minutos, uma mulher é estuprada no Brasil. O dado vem da FBSP (Federação Brasileira de Segurança Pública), que reúne dados de todas as secretarias de Segurança Pública do país. Como há uma grande subnotificação dos casos, é provável que o número de estupros seja ainda maior.
Para o movimento, as mudanças que vem sendo articuladas pelo Governo Federal na Previdência atingem principalmente as mulheres. Questões como a equiparação do tempo de trabalho não levam em conta uma certa invisibilidade do trabalho feminino, que vai além do trabalho formal, englobando tarefas que geralmente são cumpridas por mulheres como o trabalho doméstico e os cuidados com a criação dos filhos.
Além disso, elas entendem que os ajustes fiscais promovidos pelos governos federal e estadual atingem diretamente as políticas públicas para as mulheres, o que é considerado uma violência institucional. Outra pauta trazida pelo movimento é o aborto legal garantido pelo SUS.
O movimento de mulheres está construindo uma programação ao longo de todo o dia. O início é a acolhida às mulheres da Via Campesina, que devem chegar à capital às 5h30. A ideia é estar o dia inteiro em marcha.
Confira a programação:
5h 30 Início da Marcha das Mulheres do Campo – PONTE DO GUAÍBA
8h Marcha das Mulheres do Campo pelo centro de Porto Alegre – encontro no INSS
10h Seminário sobre a Reforma da Previdência e as Mulheres – Assembléia Legislativa
12h Ato em apoio à Ocupação Mirabal – Duque de Caxias, 380
14h Seminário Reforma da Previdência da ASSUFRGS – FACED UFRGS
14h Defensoria Pública orientando sobre os direitos das Mulheres – Esquina Democrática
Atividades Culturais – durante a tarde na Praça da Matriz
16 horas, Assembléia de Mulheres na Esquina Democrática
17h Concentração para a marcha de mulheres – Esquina Democrática
18h Leitura do manifesto internacional, antes da marcha de encerramento.

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