Uma homenagem ao mestre do humor e da literatura

Escritor, jornalista, humorista, cartunista, artista plástico, blogueiro, editor, tradutor (de Shakespeare, inclusive), dramaturgo… É difícil dizer em qual dessas áreas Millor Fernandes se destacou. Foi original e insuperável em quase tudo o que fez.
Morto em março de 2012, agora foi homenageado no Festival Literário Internacional de Parati, encerrado neste domingo,3.
Hoje consagrado internacionalmente, o Festival de Parati teve em Millor um de seus primeiros participantes e um apoiador entusiasta. Justa homenagem e justa lembrança de um dos mais lúcidos intelectuais que o Brasil já teve.
Millor Fernandes
A obra de Millôr é extensa e diversificada: poemas, desenhos, narrativas, fábulas, contos, sempre marcados pelo humor e ironia.
No livro “Millôr definitivo – A Bíblia do caos”, (Editora L&PM pocket), encontram-se mais de 5 mil aforismos e pensamentos, apresentados por temas em ordem alfabética.
Outra obra interessante é “A verdadeira história do Paraíso” (Editora Desiderata). O livro, que contém ilustrações do próprio autor, é uma narrativa bem-humorada a respeito da origem da vida e o papel (nem sempre edificante) da humanidade no planeta terra.
– Além dos livros, os textos de Millôr Fernandes podem ser acessados em http://www2.uol.com.br/millor.
Cronologia:
Em 1956, dividiu com Saul Steinberg (1914-1999) o primeiro prêmio na Exposição Internacional do Museu de Caricatura de Buenos Aires. Nascido na Romênia e consagrado nos EUA, Steinberg tem uma trajetória comparável à de Millôr: ambos publicaram seus desenhos e ilustrações periodicamente em jornais e revistas, em Nova York e no Rio de Janeiro, e foram reconhecidos por suas impressões muitas vezes sagazes, críticos e mordazes, mas sempre repletas de um humor ímpar, sobre o cotidiano de seus respectivos países.
Na década de 1960, junto com Jaguar, Ziraldo, Fortuna, entre outros, funda o jornal “O Pasquim”, que marcaria o humor político num período obscuro da história nacional. Colaborou com vários periódicos, entre eles a revista Veja, em dois períodos, entre 1968-1982 e 2004 -2009.
Ao longo de sua vida, publicou mais de 40 livros de prosa, poesia, reflexões, teatro, traduções, crítica e desenhos. Sem jamais deixar de produzir – afirmou, no fim da vida, que continuava a fazer “dez coisas ao mesmo tempo”, todos os dias – mesmo com problemas de saúde, manteve na internet a página Millôr Online. Publicado desde 2000, o site era um canal de acesso periódico ao seu pensamento e humor peculiares. (Com Claudio Willer)

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