Uma rara novela sobre o nazismo no Sul

No finalzinho dos anos 1930, uma jovem loura escultural chamada Hertha desloca-se de sua terra natal, Blumenau, para Porto Alegre. Na flor dos seus 20 anos viaja de trem em segredo.
Adepta do amor livre, sabe que sua tarefa é de natureza sexual, mas ignora a quem servirá. É um homem importante, ligado ao Partido Nazista. Mas quem?
Assim começa A Segunda Pátria, romance (mais para novela) do paranaense Miguel Sanches Neto recém-lançado pela Editora Intrínseca, do Rio.
Hospedada no Hotel Majestic, na Rua dos Andradas, Hertha entedia-se com a rotina da espera na capital gaúcha.  Ela se insinua para os homenzarrões que montam guarda diante de seu quarto, mas eles não lhe dão bola, todos imbuídos da secretíssima missão.

Obra sai com o selo da Editora Intrínseca, do Rio | Divulgação JÁ
Obra sai com o selo da Editora Intrínseca, do Rio | Divulgação JÁ

Uma noite, depois de rodar a esmo por quase uma hora, um carro a deixa numa mansão de aspecto antigo. Deste local é conduzida a um túnel mal iluminado que percorre a pé, cheia de tensão e medo. Depois de um tempo, meia hora talvez, ela chega ao porão do Palácio do Governo, onde lhe está reservado um quarto com cama, roupa limpa etc.
Hertha não sabe, nem lhe importa saber, que o ditador Getúlio Vargas está na cidade para um encontro com uma figura muito importante vinda da Europa. A reunião em Porto Alegre selará o pacto do nazismo com o Brasil. A missão de Hertha é proporcionar um momento de lazer — não ao chefão brasileiro, mas ao primeiro-ministro alemão Adolfo Hitler, que teria chegado secretamente via Buenos Aires.
Missão cumprida, ela volta para Blumenau, já controlada por um punhado de nazistas fanáticos. É ficção de alto nível penetrando num território praticamente inexplorado pela literatura brasileira. Em ritmo de novela policial, o livro “viaja” por lugares e sentimentos que ainda sobrevivem entre nós.

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