Umidade pode prejudicar a qualidade da safra de trigo este ano

Quase 90 por cento das lavouras de trigo no Rio Grande do Sul estão entre as fases final de enchimento de grãos e início da maturação.
O que preocupa os triticultores  neste momento é a persistência do tempo úmido e quente prevista para as próximas semanas.
A se concretizar esse cenário, mais que a quantidade, a qualidade
final do grão poderá sofrer sérios danos, resultando em um produto final de
baixo valor.
De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (04/10), apesar da recente ocorrência de chuvas intensas, acompanhadas de granizo e ventos fortes, a situação da cultura ainda é considerada boa, com o potencial de produtividade se mantendo estável, ao redor dos três mil quilos de trigo por hectare.
Também evolui para a fase de enchimento de grãos a cevada, que apresenta
boa formação de espigas e grãos.
O clima úmido do período favoreceu o desenvolvimento de doenças fúngicas, principalmente manchas foliares, determinando que os produtores realizem tratos culturais, visando proteger as espigas da cevada e preservar a qualidade dos grãos a serem colhidos.
As lavouras mantêm bom stand a campo, prospectando boa qualidade industrial
(cervejeira).
Outras culturas
A canola está finalizando a fase de enchimento de grãos basicamente no
Planalto Médio, e em maturação e colheita no Noroeste, com 33% da área
estimada da região (12,5 mil ha) já colhida.
As áreas da cultura que estão evoluindo para o estádio de maturação apresentam desuniformidade entre plantas.
Milho – A alta umidade no solo prejudicou a evolução do plantio, que avançou
pouco e no momento atinge 47% da área prevista para a safra.
As lavouras recém plantadas apresentam boa emergência e desenvolvimento inicial
adequado, com poucas necessitando controle em relação ao ataque de
lagartas.
Nas semeadas há mais tempo, segue aplicação de adubação
nitrogenada em cobertura e de herbicidas para controle de invasoras.
Feijão 1ª Safra – Produtores continuam implantando as lavouras em todo o
Estado, já alcançando cerca de 52% da área prevista. A fase é de germinação
e desenvolvimento vegetativo.
Os agricultores também já estão realizando a adubação nitrogenada em cobertura nas primeiras lavouras semeadas. Até o momento, há pouca presença de pragas e doenças, não sendo necessários tratamentos fitossanitários nas lavouras. Na região Centro-Serra, as lavouras semeadas apresentam boa germinação e emergência, além de ótimo estande de plantas.
FRUTÍCOLAS
Citros – Apesar das chuvas frequentes na região do Vale do Caí, os períodos
de tempo bom têm permitido que os citricultores realizem a colheita das últimas
frutas dos pomares cítricos.
Em relação às bergamoteiras, está no final a colheita da Montenegrina, cultivar com maior área de cultivo e produção tanto no Vale do Caí quanto no RS. A safra de bergamotas foi de muito boa qualidade, com frutas suculentas, casca lisa e pouca incidência da pinta-preta, principal doença das bergamoteiras.
Já entre as laranjas, ainda está em colheita a cultivar Valência, de colheita mais tardia. A Valência é a fruta cítrica com maior área de cultivo no Estado e se destina à elaboração de suco, tanto na indústria como nos lares, bares e restaurantes.
Criações
Bovinocultura de leite – A produção de leite tem apresentado crescimento em
decorrência da maior oferta de forragem, pois a produção de azevém está na
sua fase mais favorável.
O clima do início da semana passada proporcionou um quadro bastante positivo para as pastagens de inverno, porém, a grande quantidade de precipitações no final de semana fez com que os animais fossem retirados das pastagens para não haver muito pisoteio. Os produtores com bom planejamento apresentam resultados muito satisfatórios em relação à produção de leite, fator que, aliado ao aumento do preço pago, gera um ótimo momento para o setor.
Apicultura – Os enxames já mostram bastante atividade e os produtores estão
colocando melgueiras e cera nova nos ninhos. No entanto, o excesso de dias
chuvosos na região Sul e Campanha prejudica o trabalho das abelhas. Apesar
disso, tem início o caça-enxame, manejo no qual os produtores distribuem as
armadilhas para recuperar enxames e aumentar o número de colmeias. Esse
período exige atenção ao manejo da colmeia, visando o direcionamento para a
produção. O manejo de caixilhos e a renovação de quadros são importantes
para garantir colmeia forte e ganhos de produção para o próximo ciclo. A
expectativa de produção é de 15 a 25 quilos por colmeia.

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