Vasco da Gama / Irmão José Otão: Artéria comercial do Bom Fim

A rua Vasco da Gama e seu prolongamento, a Irmão José Otão, formam uma das principais artérias do Bom Fim. A via inicia junto à praça Dom Sebastião e segue até a rua Coronel Joaquim Pedro Salgado, no Bairro Rio Branco. É difícil definir com precisão a origem da rua, mas provavelmente, tenha sido criada no final do século XIX. Segundo o Guia Histórico de Porto Alegre, livro do historiador Sérgio da Costa Franco, há versões conflitantes.
O intendente José Montaury, ao fim de sua administração (1897-1924), cita a abertura da Vasco como uma de suas obras. Entretanto, há registros de 1896, de seu antecessor, o engenheiro Faria Santos, que determinou que a rua Venâncio Aires da Colônia Africana, hoje bairro Rio Branco, passaria a se chamar Vasco da Gama. Justamente para evitar a duplicidade de nomes com a Venâncio Aires da Cidade Baixa.
JABF-Agosto2016_07_mioloAparece no mapa oficial da cidade de 1896 com o nome de Rua da Liberdade, em convivência com a atual Rua da Liberdade. O prolongamento da via, da João Telles até a Praça Dom Sebastião, é posterior. Este trecho recebeu o nome do irmão marista José Otão, que foi professor do colégio Rosário e reitor da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS). O trecho mais antigo ficou com o nome do navegador português Vasco da Gama.
A via teve seu leito preparado e nivelado no ano de 1906, o primeiro calçamento veio quatro anos depois e, em 1944, foi determinado o alargamento da pista. Atualmente, é um ponto comercial em expansão, com o surgimento de novas lojas e estabelecimentos de gastronomia. Com calçadas largas e ciclovia, a Vasco é um ótimo local para passear e fazer compras, sem a correria das grandes avenidas.
TK Concept investe na produção local
Tânia Kobielski se criou no ambiente da fábrica, está no ramo de roupas “desde sempre”. Há um ano e três meses abriu a TK Concept. A loja trabalha com marca própria e peças de estilistas de Porto Alegre. “Toda a produção é local. As roupas, os acessórios, os tricots e as bijuterias”, explica.

Loja conta com área externa para acomodar os clientes
Loja conta com área externa para acomodar os clientes

Para abrir a loja, Tânia procurou pontos comerciais dentro do bairro. “A identidade do produto é super Bom Fim. É descolado, bacana e com um preço acessível”, afirma.
A TK tem conta no instagram(@tkconcpt), que funciona como um catálogo virtual para encomendas.
A loja funciona de segunda a sábado, das 10h às 19h.
Spengler é escolhido o profissional do bairro
Fernando Spengler
Fernando Spengler

O farmacêutico e comerciante Fernando Spengler foi homenageado pelo Rotary Club Bom Fim com o título de Profissional do Bairro. A premiação é concedida pela entidade anualmente. Fernando recebeu a homenagem no dia 5 de agosto.
A Farmácia Spengler é ponto tradicional, há 28 anos no mesmo local. Fernando conta que sua relação com o bairro começou quando ainda era estudante de Farmácia e morador do Bom Fim.
Como boa parte da clientela é antiga, os clientes não querem somente entregar a receita e retirar o medicamento. “A pessoa chega e quer conversar com o farmacêutico. Além da saúde, a gente preza pelo bom atendimento. O cliente tem que se sentir acolhido aqui dentro”, explica.
Palavraria promove novas oficinas literárias
A Palavraria está promovendo oficinas literárias com o escritor Pedro Gonzaga. São três módulos: segundas-feiras às 19h, crônicas; quartas às 18h15, contos; quintas às 19h, escrita livre. Pedro Gonzaga é poeta e autor do livro Escreva! (Guia de escrita criativa).
As aulas iniciaram na segunda semana de agosto, ao todo serão 16 encontros. O valor do investimento é de R$ 270 a cada quatro encontros.
Carlos Luiz da Silva
Carlos Luiz da Silva

Em funcionamento desde 2003 na Vasco, a Palavraria é uma referência cultural do bairro. O espaço funciona como livraria, café e recebe eventos literários e pocket shows, além dos cursos. Carlos Luiz da Silva é um dos sócios e criadores da Palavraria. Carlos é frequentador do bairro desde a adolescência, Carlos acompanhou várias transformações do bairro. “Nossa geração se criou pelo Bom Fim. Nos anos 70 e 80, o bairro tinha uma vida cultural muito intensa, era um ponto de referência. Hoje, a vida do Bom Fim continua intensa, mas mudou o perfil, está mais voltado à gastronomia.”

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