O candidato ao governo do RS pela coligação “O Rio Grande Merece Mais” (PDT\DEM\PSC\PV\PEN), Vieira da Cunha, disse nesta quarta-feira, 23, na Federasul, em Porto Alegre, que o Estado precisa recuperar sua capacidade de investimento.
Entre todos os estados endividados com a União, o Rio Grande do Sul possui a maior dívida em termos proporcionais. O projeto de lei que trata da renegociação da dívida do RS está tramitando no Senado. Ele citou alguns números já conhecidos como a projeção de um saldo negativo das contas do governo estadual em 2014 em torno de R$ 1 bilhão, enquanto em 2013 fechou em R$ 1,4 bilhão.
Portanto, o déficit acumulado em quatro anos de governo Tarso Genro será próximo de R$ 4 bilhões. Também lembrou que foram sacados dos depósitos judiciais pelo atual governo R$ 5,1 bilhões.
Para Vieira da Cunha as propostas já existem, foram todas encaminhadas pelos Conselhos Regionais de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (Coredes). “O que precisamos é conseguir dinheiro para viabilizá-las.” Para que isto aconteça ele entende que a renegociação da dívida tem que ocorrer, pois nos últimos 15 anos o Estado não teve acesso a operações de crédito.
O secretário estadual da Fazenda, Odir Tonollier, informou em palestra na mesma Federasul que durante os próximos anos o RS seguirá precisando de novos financiamentos para sustentar os investimentos. Esses recursos virão a partir da renegociação da dívida com a União, prevista para ser aprovada pelo Senado no segundo semestre, em que o Rio Grande do Sul economizará cerca de R$ 20 bilhões até 2027, conquistando, assim, novo espaço fiscal.
Outro caminho para viabilizar investimentos, conforme Vieira da Cunha, é através de Parceria Público-Privada, desde que a população seja a grande beneficiária sem esquecer o retorno para o investidor privado. Ele considera que não pode ocorrer como na privatização dos pedágios durante o governo de Antônio Britto quando, segundo ele, a população foi extorquida.
Ele entende que a estatal Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) criada pelo governo Tarso Genro poderá conviver com pedágios privatizados.
O candidato prometeu ainda retomar o projeto de escolas em tempo integral. “Como trabalhista, vemos a educação com a prioridade que ela tem. Um CIEP construído hoje é um presídio a menos que teremos que construir amanhã. Tira a criança do caminho do crime.”
O Tá na Mesa, da Federasul, terá ainda como palestrantes para falar sobre os desafios do Rio Grande a senadora Ana Amélia Lemos, candidata ao Governo do RS pela coligação “Esperança que une o Rio Grande” – PP, PSDB, PRB e Solidariedade, no dia 30 de julho; governador Tarso Genro, candidato à reeleição pela Unidade Popular (PT – PTB – PCdoB – PPL – PR – PTC – PROS) em 6 de agosto; José Ivo Sartori, candidato ao Governo do Estado pela coligação O novo caminho para o Rio Grande (PMDB / PSD / PPS / PSB / PHS / PT do B / PSL / PSDC), em 13 de agosto. Nas quatro semanas seguintes os palestrantes serão os candidatos ao Senado pelas mesmas coligações: Olívio Dutra (PT), Lasier Martins (PDT). Simone Leite (PP), Beto Albuquerque(PMDB). (Sérgio Lagranha)
Vieira da Cunha: "Dívida estrangula o Rio Grande"
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